Kaio Costa
com informações da TV AnhangueraO Ministério Público Estadual (MPE) recebeu denúncia de moradores de Taquaruçu, distrito de Palmas, sobre desmatamento em uma Área de Preservação Ambiental (APA) na Serra do Taquaruçu, a menos de 30 km da Capital. De acordo com a Associação Água Doce, que representa os moradores e pequenos produtores da região, o desmatamento visa o plantio de soja.
Várias nascentes que formam a Bacia do Ribeirão Taquaruçu, responsável por 70% do abastecimento de água em Palmas, estão próximas à área desmatada, que já está pronta para o plantio. Além da preocupação com a possibilidade de secar as nascentes, os moradores destacam que em monocultura é utilizado agrotóxicos, que podem contaminar essas nascentes. “Além das nascentes a poucos metros do desmatamento, daqui na cidade de Palmas dá 24 km em linha reta. De acordo com os estudiosos esse agrotóxico, ao ser pulverizado, suas partículas chegam a alcançar 30 km, então não vai atingir só os mananciais de Palmas, vai atingir a cidade e a água do lago”, explicou Antônio Adriano, morador da região.
O promotor do meio ambiente, Pedro Geraldo Neto, convocou o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), a Fundação Municipal do Meio Ambiente e a Associação Água Doce para reunião.
A diretora de proteção e qualidade ambiental da Naturatins, Carolina Bueto, confirmou a licença concedida para pastagem, mas afirmou que parte do desmatamento é irregular, pois atinge área de reserva legal e Área de Proteção Permanente (APP).
Um inquérito civil está em andamento a fim de apurar o fato, segundo o promotor Geraldo Neto.
O ex-deputado Pastor Amarildo Martins informou à equipe de reportagem da TV Anhanguera que comprou a área já desmatada, que o local está arrendado e que a decisão de fazer o plantio é da pessoa que está ocupando o local. A identidade dessa pessoa não foi revelada pelo ex-deputado.
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