Atualizada às 17h16.

O médico Alfredo Flores Urbina, a enfermeira Geisa da Gama Ramalho e o técnico de enfermagem Civanildo Morais da Silva são suspeitos de cobrar para realização de cirurgias no Hospital de Referência de Augustinópolis, município distante 605 km da Capital, em 2016. Devido às denúncias e após apuração, o Ministério Público do Estado (MPE-TO) ajuizou duas ações civis públicas contra os envolvidos.

Em março de 2017, Urbina e Silva foram conduzidos coercitivamente para prestarem depoimentos sobre a possível cobrança em cirurgias realizadas na unidade. As denúncias são relativas a dois procedimentos: no primeiro, ocorrido em 25 de novembro de 2016, o médico, o técnico de enfermagem e a enfermeira teriam cobrado R$ 3.650,00 de um paciente com uma fratura na perna esquerda. Conforme o MPE-TO, o valor cobrado seria destinado à aquisição de material para a cirurgia. Em outro caso denunciado em 24 de maio de 2016, Urbina e Silva teriam cobrado R$ 2.300,00 à família de um paciente que havia sofrido um acidente, e a justificativa foi a mesma, compra de materiais para o procedimento.

Conforme o MPE-TO, R$ 2.000,00 teriam sido depositados pela mãe do paciente na conta-corrente do técnico, e os R$ 300,00 restantes foram entregues nas mãos de Silva.

De acordo com a acusação do MPE-TO, além de enriquecer ilicitamente, os réus teriam violado outros princípios constitucionais da administração pública, referentes à legalidade, moralidade, impessoalidade, honestidade, lealdade e fidelidade para com a Instituição a quem servem.

Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que em maio de 2017 foi aberta Sindicância Administrativa, de natureza Investigativa para apurar denúncias sobre fatos que teriam ocorrido em 2016. Após 60 dias de trabalho, a Comissão Sindicante da SES, encaminhou à Corregedoria de Pessoal da Secretaria Estadual de Administração, a conclusão das investigações. Após o encaminhamento do processo à Secad, cabe à pasta as providências legais punitivas aos acusados.