O panorama da hanseníase no Brasil e no Tocantins tem sido preocupante e tomado como prioridade pelas autoridades devido aos 1.362 casos diagnosticados no Estado só em 2018. A doença que é transmissível, mas curável, é tema central do 15º Congresso Brasileiro de Hansenologia realizado na Capital, com encerramento neste sábado, 17.

Os estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste são considerados hiperendêmicos, ou seja, com alto risco de transmissão. No Tocantins, de janeiro a outubro de 2018 foram diagnosticados 1.362 casos novos, sendo que dos 139 municípios apenas 27 não tiveram casos novos. Desse total, 857 pessoas com a doença estão só em Palmas, sendo 55 pacientes com menos de 15 anos.

A coordenadora da Hanseníase da Secretaria Estadual da Saúde, Suen Oliveira, ressaltou que o número de pacientes menores de 15 anos diagnosticados é preocupante. “Muitos estão sendo diagnosticados tardiamente, já com sequelas. Se tem crianças doentes é sinal que tem também adultos doentes sem tratamento. Por isso, a avaliação dos contatos (pessoas próximas) desses pacientes é fundamental para quebrar a cadeia de transmissão”, destacou.

Tratamento

O programa “Palmas livre da hanseníase para tratamento da doença é oferecido pelo Serviço Único de Saúde (SUS) e por meio da Prefeitura de Palmas. Ele conta, atualmente, com 857 pessoas em tratamento. “Hoje em todos os 34 Centros de Saúde da Comunidade temos profissionais capacitados para diagnosticar a hanseníase e tratar. A busca aos contatos tem sido feita, por isso, temos esse número elevado novos casos”, disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Borini.