O médico Francisco Assis Macedo, lotado no Hospital Regional de Gurupi (HRG) criticou as denúncias de que teria usado atestado falso para se ausentar do trabalho e disse que está absolutamente tranquilo, por entender que não praticou nenhum ato irregular. Macedo explicou que é médico do Estado há 24 anos. “Também sou médico no município de Gurupi. Acontece que ao longo dos anos desenvolvi alguns problemas de saúde como diabetes, hipertensão e problema de coluna”, conta o Macedo.

Ele conta que em outubro precisou ficar internado em um hospital da rede privada de Gurupi por cerca de dez dias. “Tive uma crise de coluna, fiquei internado por dez dias e recebi um atestado para tratamento de saúde por 15 dias, emitido pelo especialista, médico Djalma Lacerda”, conta.

Dr. Macedo, como é conhecido na cidade, acrescenta que em dezembro foi a Brasília, onde procurou uma segunda opinião e se submeteu a novos exames, entre eles uma ressonância magnética, que foi juntada aos exames feitos anteriormente. Ele diz que o médico que o atendeu em Brasília, depois de avaliar o caso recomendou que ele não cumprisse mais jornadas prolongadas de trabalho, para evitar agravamento de seu problema de coluna.

“Protocolei os atestados, tudo conforme a lei. O estranho é que a perícia médica do Estado nunca me convocou, que seria a instância com poder para questionar a veracidade dos atestados e não a diretoria técnica do HRG”, questiona.

O médico reforça ainda que os atestados foram assinados por médicos especialistas e que apesar da acusação de uso de atestado falso, não houve nenhum tipo de questionamento aos profissionais que os assinaram. “Eles tinham que questionar os profissionais e não dizer que o atestado é falso. Mas estou tranquilo, isso tudo será esclarecido no tempo certo”, afirmou.

Entenda o caso

O Ministério Público Estadual (MP-TO) publicou na última quinta-feira, uma portaria onde pediu a apuração de eventual prática de improbidade administrativa contra o médico Francisco Assis Macedo, lotado no Hospital Regional de Gurupi (HRG). De acordo com a Portaria do MP-TO a apuração é para confirmar o possível uso de atestado médico falso. A representação contra o médico foi feita pelo diretor técnico do HRG, o médico Celso Rocha da Silva.