Os novos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital Municipal Eduardo Medrado, em Araguaína, Norte do Estado, que foram entregues em outubro de 2017 ainda não estão funcionado. A informação é que os leitos estariam funcionando a partir de dezembro do ano passado.

Os equipamentos para o funcionamento da unidade já estão local e sem instalação. Conforme informações da TV Anhanguera, os equipamentos deverão ser instalados por um técnico da Secretaria de Estado da Saúde (SES)

Em nota ao Jornal do Tocantins, a SES informou que está em contato constante com a Secretaria Municipal de Saúde de Araguaína para cumprir o acordo estabelecido em audiência pública ainda no ano de 2016. “Um cronograma será ajustado entre as partes na próxima semana para estabelecer as datas de abertura e funcionamento da UTI pediátrica do Hospital Municipal da cidade”, disse a pasta. 

Conforme a secretaria, estão sendo tomados todos os cuidados para implantar o serviço. Além disso, será aberto o chamamento público para contratação de profissionais.A contratação será por meio de meio de pessoa jurídica já que não teve adesão de médicos como pessoa física com especialização necessária para trabalhar na unidade, informou a SES. Por fim, a pasta informou ainda que já realizou dois treinamentos para os profissionais que serão lotados na Unidade e que um terceiro será realizado em breve.

A redação entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, que respondeu que a responsabilidade com relação a UTI Pediátrica é do Estado. 

Caso 

As obras da UTI da unidade começaram em abril de 2017 após uma série de problemas, inclusive demandas judiciais. Em 2016, a Justiça havia determinado o bloqueio R$ 643 mil das contas do Estado devido ao não cumprimento de uma sentença que determinou a instalação de seis leitos de UTI Pediátricas em Araguaína. 

Na época, a SES informou que a demanda estava sendo providenciada junto ao município de Araguaína. O secretário da pasta, Marcos Musafir, chegou a se reunir com  representantes da Associação Mães que Amam (AMAM) para discutir o problema após uma manifestação de cerca de 400 pessoas reunidas na Praça das Nações. 

Ainda em 2016, a nova proposta para a implantação de dez leitos de UTI na unidade Araguaína, foi apresentada por Musafir e pelo secretário municipal de Saúde de Araguaína na época, Jean Luís Coutinho Santos.

O custeio seria dividido. O Estado custearia 25%, o município 25% e os outros 50% ficam para o Ministério da Saúde. A Prefeitura do Município  chegou a fazer uma campanha para os que os contribuintes araguainenses pudessem doar parte do Imposto de Renda (IR) para a instalação da UTI.