Outro policial militar do Pará foi identificado pela Polícia Civil de Araguaína como membro do grupo responsável pela morte do advogado tocantinense Danilo Sandes. O sargento Josafá Pinheiro foi preso pela Polícia Civil paraense durante operação de repressão a grupo de extermínio. O advogado desapareceu no dia 24 de julho e seu corpo foi encontrado cinco dias depois na TO-222, próximo a Filadélfia, a 479 km de Palmas, no dia 29 de julho, com perfurações de bala.

“Para mim foi ele quem atirou contra o doutor Danilo”, afirmou o delegado José Rerisson Macedo Gomes. "O sargento Pinheiro criava falsos álibis,  para praticar os crimes e não ser alcançado, mas conseguimos provas que serão encaminhadas ao Judiciário em autos complementares, que instruirão pedido de prisão do mesmo", completou.

Uma testemunha ocular ajudou na identificação de sargento Pinheiro. “Ele foi a pessoa que saiu do banco da frente do carro para o advogado entrar e se sentou no banco detrás dele”, detalhou o delegado. O militar é comandante do destacamento da Polícia Militar (PM) em Itupiranga (PA). Sua prisão aconteceu na última terça-feira, 28, com outros militares paraenses em Marabá (PA), a pedido do Ministério Público paraense e com a colaboração da Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Pará.  

A expectativa é de que ele deva ser recambiado para o Comando Geral da PM de Belém (PA). “Estamos providenciando o pedido de prisão dele que será encaminhado ao Judiciário até o início da próxima semana. Esperamos que seja decretada a prisão e que o mesmo seja recambiado ao Tocantins para prestar conta do crime que teria cometido ”, explicou.

Armas

As balas usadas no crime são, segundo o delegado, compatíveis com as armas particulares dos militares, pistolas calibre 380. “Coincidentemente, nenhum deles apresentou suas armas. Disseram que perderam, mas acreditamos que eles ocultaram as armas”, disse.

Outros envolvidos

Continuam presos por ordem da Justiça do Tocantins por envolvimento no crime os policiais militares, também do Pará, Rony Marcelo Alves Paiva e João Oliveira Santos Júnior e Wanderson Silva de Sousa, que é ex-policial militar do mesmo estado.  Os três estão presos em Palmas no Quartel do Comando Geral (QCG) de Palmas.

Rony Marcelo Alves Paiva e João Oliveira Santos Júnior também estão reclusos por ordem da Justiça paraense por crimes relacionados a grupo de extorsão.

O farmacêutico Robson Barbosa da Costa, 32 anos, é apontado pelas investigações, conduzidas pelos delegados José Rerisson Macedo Gomes e Guilherme Torres, como ex-cliente da vítima e quem havia encomendado o crime motivado por um desentendimento entre ele e Sandes. O farmacêutico tentava ocultar bens em uma ação de inventário, mas Danilo não concordou.