segundo arcebispo, ideia é debater sobre os temas que mais incomodam a sociedade e a violência, hoje, é o principal deles

O Plano de Evangelização da Arquidiocese de Palmas para 2018 foi aberto ontem, no auditório do Colégio São Francisco. Na ocasião, também foi lançada a Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o tema Fraternidade e superação da violência, tendo como lema Em Cristo somos todos irmãos. O evento contou com a participação de órgãos de Segurança Pública do Tocantins, como as polícias Civil e Militar.

De acordo com o responsável pelo vicariato da Ação Pastoral, padre Fábio Gleiser, o plano, que vai nortear todas as ações da igreja católica em 2018, elege a cada ano duas esferas para discussão, neste os temas escolhidos foram: juventude e ação social. “O que nós queremos é que nossas ações evangelizadoras tenham sempre em vista essa prioridade. Primeiro ajudar os jovens a descobrir o seu protagonismo na vida da igreja. O nosso objetivo é que jovens estejam evangelizando jovens, porque isso torna mais acessível o contato da juventude com Jesus, com o evangelho”, frisa.

Campanha

O padre Fábio Gleiser ainda enfatizou que o lançamento da Campanha da Fraternidade coloca Palmas em sintonia com todas as igrejas do Brasil. “Em todo País está celebrando a campanha. Essa abertura é apenas o primeiro passo para dizer que ao longo deste ano nós teremos essa meta para tratar. Todas as nossas atividades devem estar voltadas não só para o combate à violência, mas também espalhar a cultura de paz, que segundo o conselho de Jesus é o antídoto para toda violência”, pontua.

O coordenador também lembrou que a presença dos órgãos de segurança é oportunidade para propor projetos conjuntos entre as duas intuições. “Queremos que os órgãos falem o olhar deles sobre a violência e depois vamos propor uma parceria para combater esse mal, sempre priorizando a cultura de paz”, ressalta.

O arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito, enfatiza que a Igreja tem ações de combate para cada setor da sociedade que a violência esteja, as atividades desenvolvidas vão depender de cada paróquia. “A ideia é apresentarmos para as pessoas e dialogar com a sociedade quais são as preocupações que batem em nossos corações. Não é que a gente goste desses temas, eles são transversais, incidem e influenciam no dia a dia das pessoas”, justifica.

Segurança Pública

Conforme a diretora de Polícia da Capital, Cinthia Paula, a segurança pública é um dever de todos e essas parcerias fortalecem o trabalho de aproximação junto à sociedade para definir metas e trabalho onde podem ser diagnósticos incentivadores da violência. “Nós temos uma polícia comunitária que deverá estabelecer projetos que vão de encontro ao tema da campanha da fraternidade”, reforça.

Polícia Militar

O coordenador de Polícia Comunitária, o capitão da Polícia Militar (PM) Thiago Monteiro, destaca que os líderes religiosos são formadores de opinião, por isso podem ajudar na prevenção à criminalidade. “A nossa proposta é que a igreja possa participar de reuniões dos conselhos de segurança, nos auxiliando na identificação e priorização daqueles problemas que mais afligem os bairros, os quais estão correlacionados com a segurança”, menciona.