Em vistoria ao Hospital Geral de Palmas (HGP), na manhã de ontem, o governador interino do Estado, Mauro Carlesse, garantiu que irá acabar com as filas de espera para os procedimentos operatórios na unidade e que os pacientes irão ser atendidos em tempo recorde.

Medida provisória instituindo o programa Opera Tocantins foi assinada durante visita às obras do HGP. A MP foi assinada tendo como testemunha o defensor público Arthur Pádua Marques e a promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery, ambos combatentes do descaso pelo qual a unidade hospitalar comumente é vítima.

Durante o evento foi assinada a medida provisória que lança o programa de Aprimoramento da Gestão Hospitalar (PAGH). Conforme o Estado, a intenção é criar alternativas para a permanência de mutirões de cirurgias eletivas de procedimentos de baixa, média e alta complexidade, denominado Opera Tocantins.

“O governo vai dar condições prioritárias para todas as situações que ocasiona internamente nos hospitais. Em todos Essa falta de remédio, essa falta de organização, de compromisso com a população precisa acabar”, mencionou.

Segundo o governo, atualmente há 5.547 pessoas na fila de espera. Porém enfatizou que o Estado irá atender essas pessoas em um prazo de 45 dias. Para conseguir cumprir a meta, os profissionais terão que fazer uma cirurgia a cada cinco horas, sem intervalos.

unidades

As cirurgias serão realizadas nas 18 unidades hospitalares do Estado. Os procedimentos se concentrarão em dias específicos e executados fora dos horários rotineiros de trabalho e serão realizados aos sábados, domingos, feriados e dias de ponto facultativo. Durante a semana ocorrerá em período noturno/madrugada, não podendo ser executado na jornada ordinária nem em jornada adicional de hora extra de trabalho.

“A partir de agora nós podemos dizer que juntos vamos mudar a saúde do Tocantins. Temos que ter respeito com as pessoas, principalmente as pessoas que naquele momento precisam usar um médico ou algo relacionado à saúde, que ficam dois ou três anos em uma fila como se fossem pessoas excluídas. Isso nós não podemos mais deixar acontecer”, falou o governador.

O valor investido para fazer os procedimentos deve ser superior a R$ 9 milhões, provenientes do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde.

DPE

Na ocasião, o defensor público Arthur Pádua Marques ressaltou que o grande problema hoje na unidade é a demora na realização das cirurgias. “Estamos marcando uma reunião na segunda-feira para saber se eles vão querer fazer isso só nos hospitais públicos ou se eles vão comprar serviço privado, porque se for comprar serviço privado tem que ser a preço de tabela, porque senão daqui a pouco o erário vai embora e dentro da legalidade”, acrescentou.

Ao todo, a fila de espera por cirurgias eletivas conta com 5.547 pessoas. A especialidade com maior demanda é a Geral, com 1.669 pessoas. Em seguida, Ortopedia (1.035); Pediatria (984); Ginecologia (714), Cabeça e Pescoço (529), Urologia (438), Vascular (87), Mastologia (37), Otorrino (28), Plástica (24); Oncologia e Outros (2).