Atualizada às 21h14.

O Ministério Público Estadual (MPE-TO), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública Estadual (DPE-TO) realizaram nesta segunda-feira, 16, uma vistoria no Hospital Geral de Palmas (HGP), onde identificaram que mais de 120 pacientes aguardavam cirurgia neurológica na unidade, que não ocorriam por falta de equipamentos, materiais básicos e leitos de UTI de retaguarda.

Conforme informações do MPE-TO, a coordenadoria da Neurocirurgia da unidade teria encaminhado um ofício à diretoria do HGP no último dia 9, informando a suspensão dos serviços porque “o único microscópio do maior Hospital do Estado não funciona adequadamente há meses e outros equipamentos como craniótomo, clipes de aneurisma, cola biológica, dentre outros, ou não funcionam ou estão em falta”.

No total, 123 pacientes estão aguardando pelos procedimentos, e uma lista com os nomes e tempo em que aguardam cirurgia foi entregue aos órgãos de fiscalização. Alguns aguardam há meses, inclusive estão aguardando em casa, destacou o órgão.

Os pacientes que precisam de cirurgia apresentam problemas como aneurismas e tumores, e a cada dia de atraso, aumenta o risco de morte ou de complicações e sequelas graves. E muitos relataram os representantes dos órgãos que existem ações judicializadas na esfera estadual e federal que tratam de problemas no Hospital.  

Os profissionais relataram problemas nos leitos da UTI, e que há a necessidade de no mínimo quatro leitos de retaguarda. Eles destacaram ainda que pelo setor de neurologia ter a capacidade de realizar de cinco a seis cirurgias por mês, se as necessidades fossem supridas ainda seriam necessários quase seis meses para zerar a demanda de cirurgias eletivas.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que vem trabalhando para atender a demanda de neurocirurgias da unidade e ressalta que em breve irá realizar mutirões cirúrgicos em diversas especialidades a fim de sanar a lista de espera por cirurgias no Tocantins.