“Com o resultado desse inquérito estou um pouco mais em paz”, disse emocionado o médico Luciano Caldas, pai de Pedro Caldas, que morreu vítima de um atropelamento em novembro. A estudante Iolanda Costa Fregonesi, de 22 anos, que conduzia o veículo, irá responder por quatro crimes, conforme o relatório do inquérito encerrado pela Polícia Civil.

“Estou muito grato com o trabalho da policias, com a perícia que foi muito bem feita. Isso mostra que estamos no caminho da Justiça”, relatou. Luciano Caldas ressaltou que aguarda que o Ministério Público Estadual (MPE) tenha o mesmo entendimento da polícia e que a denúncia siga em frente. 

O resultado das investigações policiais foi divulgado nesta quarta-feira, 3, durante coletiva de imprensa na Secretaria de Segurança Pública (SSP). Conforme o delegado adjunto da Delegacia de Repressão a Crimes de Trânsito (DRCT), Hudson Guimarães Leite, Iolanda vai responder por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, embriaguez ao volante e por dirigir sem habilitação. 

Conforme o relatório do inquérito, quando o acidente aconteceu, a jovem agiu "demonstrando insensibilidade moral” e com “indiferença quanto aos resultados de sua conduta, nada fazendo para mitigar os imensos danos causados", diz.

Caso 

O médico teve morte cerebral após ficar internado 34 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Palmas. Ele sofreu traumatismo craniano no dia 12 de novembro ao ser atropelado por um veículo conduzido pela jovem Iolanda. 

O carro da jovem, que estava sem habilitação, avançou em sua direção enquanto praticava corrida com um grupo de atletas, na marginal leste da TO-050, em Palmas. Ele foi socorrido e enviado para o Hospital Geral de Palmas (HGP), onde passou por uma cirurgia, em seguida foi transferido para a UTI de um hospital privado na Capital.