Nelio Soares
Falta de sinalização, rebaixamento de calçadas com rampa acessível e buracos abertos por obras de engenharia. Estes são os problemas encontrados por atletas e moradores de Palmas que querem pedalar pela ciclovia que fica na Avenida LO-12 cruzando a Theotônio Segurado sentido a sede do Departamento Estadual de Trânsito do Tocantins (Detran-TO), região Norte da Capital.
O problema não é exclusivo da localidade e se estende para outras ciclovias da cidade evidenciando a falta de manutenção e acessibilidade que há tempos é motivo de queixa por parte de quem usa a bicicleta.
Na Avenida LO-5, por exemplo, próximo à rotatória que dá acesso a Igreja Nossa Senhora de Fátima, na Quadra 308 Sul, falta continuidade na ciclovia e sinalização como explica a fisioterapeuta Denise Enderle, de 29 anos. Ela é usuária assídua da bicicleta e reclama da falta de estrutura. “Em questão de mobilidade urbana ainda é preciso muita coisa. Não tem rampa, o caminho não é contínuo e você acaba indo parar na pista (rua). Tem muita gente que não vai de bicicleta para os lugares justamente por causa desses problemas”, ressalta Denise, que utiliza a bicicleta sempre que possível para se deslocar de casa até o trabalho.
Para o professor Júnior Parriul, de 55 anos, um dos fundadores do Bike Anjo no Tocantins – grupo que existe em todas as capitais do País e tem como missão orientar as pessoas a pedalar em centros urbanos – de maneira geral os problemas nas ciclovias é causado por falta de manutenção do poder público. “Aqui em Palmas você tem um misto de tudo, desde mau planejamento como falta de cuidados e a questão de não ter acessibilidade. Tem buraco, cimento quebrado. A gente não vê um movimento de recuperação”, explica.
Perigo
Além do descaso, eles têm de lidar com a imprudência de motoristas que não respeitam as sinalizações e colocam em risco a vida de todos nas vias da Capital. Tanto que no último mês de maio mais de 150 ciclistas se reuniram em um ato pacífico por um trânsito mais seguro, entre eles estava o presidente da Federação Tocantinense de Ciclismo (FTC), Marcelo Leão, de 53 anos, que ressalta a vocação natural da cidade para a prática em razão das avenidas largas, mas alerta para o esforço de todos na busca de uma utilização mais harmônica. “A nossa Capital é uma das melhores para fazer ciclismo se compararmos com outras cidades, o grande problema aqui é o desrespeito às leis por parte de muitos motoristas e alguns ciclistas”, acrescenta.
Outro lado
O Jornal do Tocantins procurou a Prefeitura de Palmas para responder sobre os pontos de reclamações já citados nesta reportagem. Por meio de nota foi informado que os buracos localizados no cruzamento da Avenida LO-12 com a Avenida Theotônio Segurado serão fechados nos próximos dias, mas não foi estipulado um prazo para tal.
Segundo a prefeitura, os serviços de manutenção está condicionado às intempéries do tempo, pois não pode ser realizado em dias de chuva. Em relação à continuidade da ciclovia da Avenida LO-05, a mesma está prevista no orçamento de 2019 para que seja finalizada.
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