Parte das 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que ocupava uma fazenda próxima a Fortaleza do Tabocão, município 153 km da Capital, desde abril deste ano, deixou o local. A desocupação ocorreu após quatro oficiais de Justiça, acompanhados da Polícia Militar (PM), terem ido até o local cumprir mandado de reintegração de posse expedido pela Justiça.  As informações são da TV Anhanguera/Rede Globo. Não houve conflito. 

Na madrugada de ontem, por volta das 3 horas, no km 194, que fica no segmento entre a BR-153 alguns dos integrantes interditaram a BR-235. A área foi liberada por volta das 8 horas, mas o local ainda tinha muita fumaça e destroços. 

Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a rodovia foi totalmente interditada com paus, pneus e entulhos. O grupo ateou fogo nos objetos usando combustíveis que estava dentro de garrafas plásticas. Além disso, os integrantes colocaram fogo em áreas rurais às margens da rodovia federal. 

A equipe da PRF ficou no local para garantir a segurança dos usuários dos usuários da via até o meio-dia. “Tendo em vista o fogo criminoso, que se alastra na região e risco de intoxicação pela fumaça”, informou a PRF. A Polícia Militar (PM) trabalhou em conjunto com a PRF. 

Ato 

O grupo protesta contra o cumprimento de um mandado judicial de reintegração de posse da Fazenda Santa Bárbara. O mandado seria cumprido nesta terça-feira. No local, conhecido como Acampamento Olga Benário vivem 500 famílias. A ocupação aconteceu em abril de 2017. 

A fazenda é de propriedade da União, mas a Justiça Federal determinou a reintegração de posse. “Estamos querendo que a Justiça se sensibilize, essas famílias não têm para onde ir”, informou o líder do MST no Tocantins, Messias Barbosa. 

O JTo buscou contato com a Justiça Federal a fim de obter mais informações sobre a decisão, porém o órgão informou que não poderia se pronunciar.