A Justiça decidiu por levar os dois homens acusados de assassinar Wenceslau Gomes Leobas de França Antunes, o Vencim, a júri popular. A decisão, proferida em 26 de fevereiro, também manteve a prisão cautelar de Alan Sales Borges e José Marcos de Lima.

Eduardo Pereira, suspeito de ser o mandante do crime e ex-presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (Sindiposto), tem o processo tramitando separadamente ao dos outros dois acusados.

O Ministério Público Estadual (MPE-TO), órgão que solicitou levar os acusados a júri popular, informou que Wanceslau Leobas já possuía posto de combustível em Porto Nacional e praticava valores abaixo dos concorrentes na cidade. Dessa forma, Eduardo Pereira, que até então era presidente do Sindiposto e proprietário de postos no município e na Capital, propôs um esquema de alinhamento de preços para anular concorrência e aumentar margem de lucros, recusado por Leobas.

Crime

Vencim foi baleado em 28 de janeiro de 2016 quando saía de casa para uma caminhada. Ele foi abordado por dois homens, que chegaram em um carro e atiraram contra ele com uma espingarda calibre 12. Os tiros atingiram o pescoço da vítima que faleceu em fevereiro, cerca de 15 dias depois do crime. O assassinato chocou a população local.

Motivação

A motivação do crime seria interesses financeiros, uma vez que Vencim estava instalando um posto de combustíveis em Palmas. Tempos depois, após “Vencim” dar início à instalação do posto na Capital, Eduardo Pereira haveria passado a ameaçá-lo de morte. As ameaças teriam se intensificado na semana anterior ao homicídio. As informações são do MPE-TO.

Acusados

A defesa dos acusados poderá recorrer da decisão judicial. Caso a decisão se mantenha, o julgamento acontecerá entre abril e maio deste ano. A audiência de julgamento de Eduardo Pereira será em maio.