O Hospital Geral de Palmas (HGP) lançou a campanha de arrecadação de amostras grátis de medicamentos para atender os pacientes de alta hospitalar e ambulatorial visando a continuidade do tratamento deles. Com o auxílio desses medicamentos doados aos pacientes, o diretor do HGP, Daniel Hiramatsu, acredita que pode ser uma maneira de diminuir a superlotação, uma vez que os pacientes que realizarem o tratamento completo não precisarão ser internados novamente.

Segundo o diretor, a logística já está montada para a campanha. “Temos uma organização farmacêutica que obedece às normas da Anvisa, a RDC 60. As normatizações são receber o remédio, catalogar e separar a medicação que vai ser distribuída e não misturar com outros remédios do hospital”, disse.

O objetivo da arrecadação é auxiliar os pacientes de outros municípios e de estados vizinhos que não têm condições de comprar. “Eles ficam sem tomar o remédio, então a gente levando esses remédios para os pacientes do ambulatório e para quem vai ter alta a gente garante a continuidade do tratamento. Se o paciente não trata adequadamente, a doença volta e ele interna de novo”, explicou.

Questionado sobre se há falta de medicamentos no HGP, Hiramatsu disse que a unidade está abastecida em cerca de 80% de todos os remédios e insumos. “Os outros 20% são medicamentos que faltam a nível mundial, mas temos os recursos para atender os pacientes com o que temos lá”, afirmou. Ele ainda falou que é a superlotação do HGP que acarreta na falta de insumos. A unidade tem 260 leitos e atualmente está com 450 pacientes internados.

Uma solução para diminuir a demanda diária do HGP e, com isso, evitar que problemas noticiados pela mídia como a falta de leitos, remédios, insumos e até lençóis seria controlar a entrada de novos pacientes. Para isso, um médico passou a atender na classificação de risco. “Gradativamente estamos reduzindo os pacientes que internavam no HGP sem necessidade, a média é não internar 50 pacientes por dia que não têm necessidade de internação” afirmou. Desde a mudança, os leitos espalhados no corredor da unidade têm diminuído, segundo Hiramatsu. Ele afirmou que antes podiam ser contados cerca de 140 pacientes fora de leitos e hoje a média é de 20.

Foi criado também o Núcleo Interno de Regulação (NIR), onde todos os pacientes transferidos do interior têm que ser regulados. Sobre a demanda espontânea, o diretor disse que só irão atender aqueles pacientes que têm real necessidade de tratamento em um hospital de pequeno porte.