Palestrante do evento, Frei Hans, um dos fundadores da Fazenda da Esperança, abordará sobre a espiritualidade (veja quadro). “Eu vou falar da nossa experiência, que com nossa espiritualidade é possível se recuperar”, afirmou.

Para o frei, a droga acaba sendo um refúgio de muitas pessoas. “Ninguém nasceu para ser escravo, nascemos para sermos felizes”, disse. A ideia tradicional é que a medicina e a psicologia resolvem, mas é preciso ter um olhar mais profundo diante de um dilema. “Os primeiros jovens nos pediam ajuda e nós não entendíamos nada de psicologia e medicina, começamos ensinar para eles o que estávamos vivendo: a palavra, e eles começaram a viver a palavra do evangelho, que nada mais é do que amar e descobrimos que eles se curavam”, disse.

As fazendas estão instaladas em 17 países, com 123 unidades, atendendo mais de três mil jovens que vivem nas fazendas durante um ano na tentativa de recuperação e abandono do vício. Conforme o frei, 80% dos internos que terminam o tratamento não têm recaídas.

O trabalho consiste na prevenção, no internato dos dependentes e, após abandonar o vício, com o trabalho denominado Grupo Esperança Viva (GEV). “Esses grupos consistem no mundo inteiro onde se encontram os ex-dependentes junto com seus familiares. Uma vez por semana, assumem o trabalho, por exemplo, em São Paulo vão na Cracolândia e tiram os jovens de lá”, finalizou.