De imediato, o volante Arouca deu pouca importância às ofensas racistas que sofreu de um grupo de torcedores enquanto dava entrevista no campo, após a vitória por 5 a 2 contra o Mogi Mirim, na última quinta-feira, no estádio Romildo Ferreira, em Mogi Mirim (SP). Disse não ter ouvido a palavra macaco e, depois, estava tranquilo, ao lado de Lucas Lima, na coleta de material para o exame antidoping, como contou, ontem, o companheiro de clube.

Após o jogo, já na madrugada desta sexta, divulgou uma nota na qual valorizava as suas origens. “Tenho muito orgulho das minhas origens africanas, o que o sujeito tentou usar para me ofender, dizendo que eu deveria procurar alguma seleção de lá para jogar, dando a entender que um negro igual a mim não serve para defender a Seleção ”, disse. O Tribunal de Justiça Desportiva do Estado de São Paulo interditou o estádio do Mogi Mirim, Romildo Vitor Gomes Ferreira, após atos de racismos contra Arouca.