Os paratletas tocantinenses que disputaram as Paralimpíadas Escolares em São Paulo, entre os dias 19 e 23 de novembro, voltaram para casa com a bagagem carregada de conquistas. Na melhor participação do Estado em uma edição do evento, que é promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a delegação faturou 38 medalhas.Ao todo foram 19 medalhas de ouro, 12 de prata e 7 de bronze. Além disso, em meio aos mais de 1.200 participantes, o Tocantins também passou a ser dono de quatro recordes nacionais. Para a chefe da delegação, Márcia Rezende, a meta era superara o ano passado e os meninos e meninas deram conta do recado."Tínhamos a meta de superar 2018, quando conquistamos 25 medalhas. Os veteranos foram muito bem, e os estreantes nos surpreenderam em todas as modalidades. É um saldo muito positivo para o Tocantins, resultado do esforço conjunto das escolas e professores, que treinam esses alunos durante todo o ano, e das famílias que apoiam o trabalho desenvolvido pelos técnicos.”, pontuou a dirigente.A delegação do Tocantins era formada por 38 pessoas, entre atletas e equipe técnica e o Estado teve representantes nas seguintes modalidades: tênis de mesa, natação, além de competidores nas provas de atletismo, tanto campo, quanto de pista (arremesso de peso, lançamentos de dardo e disco, salto em distância e corrida). Representas dos 26 estados e do Distrito Federal participaram do evento. ResultadosCom desempenho acima do esperado, o resultado extraordinário da delegação acabou puxado pela turma do atletismo que fez uma campanha recheada de conquistas. Dentro da modalidade o Tocantins ficou com 33 medalhas e terminou a disputa em 13º lugar.Aluno da Escola Estadual Machado de Assim, em Dianópolis, Hentony Santos, relatou sobre as experiências vivida nos dias de competição na cidade paulista. "Foi muito legal conhecer tantas pessoas que são deficientes e que são feras no esporte. Acho que ganhar é uma forma de mostrar para as pessoas que eu posso fazer muitas coisas, apesar do problema no meu braço", revelou o paratleta de apenas 12 anos, que é deficiente físico e conquistou três medalhas no atletismo: um ouro no arremesso de peso e duas pratas nas provas dos 60 e 150 metros.Recordes nacionaisDois toncantinenses foram os responsáveis pelos quatro recordes nacionais que o Estado conquistou. São eles: Luiz Fernando Pereira, que nasceu com paralisia cerebral e estuda na Escola Estadual Maria dos Reis, em Palmas, e Aline Jordânia Carvalho, que tem nanismo e é estudante da Escola Estadual Machado de Assis, localizada em Araguanã. Luiz quebrou os próprios recordes que havia conquistado, em 2018. Neste ano, o paratleta alcançou a marca de 18,88 metros no lançamento de dardo, e 5,87 no arremesso de peso. Já Aline fez 4,13 metros, no arremesso de peso, e 15,59 no lançamento de pelota.