Em uma partida igual, muito disputada no meio de campo e com as equipes receosas em atacar, um lance individual decidiu o clássico entre Flamengo e Botafogo, nesta quarta-feira (23), no estádio do Maracanã, no Rio. Pela rodada de volta da semifinal da Copa do Brasil, o meia Diego marcou após bela jogada do atacante colombiano Berrío e o 1 a 0 classificou os rubro-negros para a decisão - na ida, no Engenhão, o duelo havia terminado em um empate sem gols.

Na final, o Flamengo terá pela frente o Cruzeiro, contra quem já decidiu o título em 2003 - vitória mineira. Os mineiros venceram o Grêmio, também hoje, no Mineirão, por 1 a 0 - mesmo resultado da partida de ida, em Porto Alegre. O resultado forçou a disputa dos pênaltis, em que a Raposa foi mais competente, vencendo por 3 a 2, garantindo vaga na decisão do torneio nacional.

O primeiro jogo da final será no dia 7 de setembro, feriado nacional da Independência do Brasil, e a partida de volta da decisão ocorrerá 20 dias depois. Os mandos de campo serão definidos pela CBF em um sorteio nesta quinta-feira (24), às 15 horas, em sua sede no Rio.

No jogo do Maracanã, o alívio flamenguista só veio aos 25 minutos do segundo tempo, quando Berrío com um toque de letra deu um drible da vaca no lateral esquerdo Victor Luís e cruzou para trás. Diego bateu de primeira, contou com a esperteza do centroavante peruano Guerrero - que abriu as pernas - e colocou a bola no canto direito baixo de Gatito Fernández. Era o gol da vitória e da classificação rubro-negra.

Esta é a sétima vez que o Flamengo se classifica à final da Copa do Brasil. Tentará o seu quarto título - os outros foram em 1990 (contra o Goiás), 2006 (contra o Vasco) e 2013 (contra o Atlético Paranaense). As três derrotas aconteceram em 1997 (para o Grêmio), 2003 (para o Cruzeiro) e 2004 (para o surpreendente Santo André).

Já no Mineirão, os donos da casa tinham a obrigação da vitória para sonhar com a vaga. Conseguiram o placar - 1 a 0 - necessário para, pelo menos, lutar pela vaga nos pênaltis. O único gol do tempo regulamentar foi marcado pelo volante Hudson, que escorou uma cobrança de escanteio de Thiago Neves para fazer 1 a 0, aos 12 minutos da etapa final.

Nos pênaltis, o sofrimento se prolongou. Edílson, Everton e Luan desperdiçaram suas cobranças para a equipe gremistas - os dois primeiros mandaram na trave, o último foi parado por Fábio. Apesar dos erros de Robinho e Murilo - Marcelo Grohe defendeu a cobrança de ambos -, Thiago Neves converteu o último pênalti e classificou o Cruzeiro para a decisão.