Com Pelé e Maradona na mesma sala, a Fifa quer transformar o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2018 em uma demonstração de que superou as suas crises e divisões e ainda pretende abafar a proliferação de denúncias de corrupção vindas dos tribunais de Nova York, nos Estados Unidos. Para isso, contará com a ajuda de Vladimir Putin, presidente da Rússia, que garantiu uma blindagem total aos dirigentes, assim como um volume inédito de recursos públicos para um Mundial de futebol.O pontapé inicial do Mundial será o sorteio das chaves, realizado no suntuoso Palácio do Kremlin, nesta sexta-feira, às 12 horas (do Tocantins). Seu resultado irá traçar o caminho pelo qual o Brasil terá de tomar para tentar alcançar o hexacampeonato mundial. Além dos adversários, o sorteio também definirá por quantas cidades a seleção brasileira terá de viajarO Brasil, porém, será um dos poucos classificados para a Copa do Mundo sem a presença do presidente de sua federação. Marco Polo Del Nero, indiciado nos Estados Unidos e citado semanalmente pelas testemunhas em Nova York por crimes de corrupção, optou por não viajar. Cabe assim a uma comissão técnica que nunca foi a uma Copa do Mundo defender os interesses do time. Edu Gaspar, coordenador de seleções, admitia nesta semana a ansiedade para conhecer o resultado do sorteio. Será a partir disso que a CBF irá montar o seu plano para os próximos seis meses e até mesmo escolher amistosos contra seleções similares aos adversários. “Não temos nenhuma experiência em Copa”, admitiu o novato coordenador. “Mas sabemos que temos de estar bem, consciente de nossas responsabilidades”, disse, indicando que passou semanas estudando o que ocorreu com a seleção em 2006, 2010 e 2014.-Imagem (1.1406999)