A seleção brasileira, sob comando de Tite, continua superando marcas, conquistando resultados importantes e, mais do que isso, está a caminho da Rússia, em busca do hexa no próximo ano (2018). Em São Paulo, onde não costuma agradar o torcedor paulista, a seleção chegou à 8ª vitória seguida nas Eliminatórias. Bateu o Paraguai, por 3 a 0, na Arena Itaquerão. Evitou festejar vaga, com a torcida, porque dependia do resultado do jogo Peru x Uruguai (até o fechamento desta edição, não havia terminado).

Pode-se dizer que, além de jogar com apoio maciço do torcedor, havia algo da seleção brasileira atuando no Itaquerão - a casa dos corintianos acolhia Fagner, Marquinhos, Paulinho e Renato Augusto, além de Tite, que dirigiu Corinthians até ano passado, quando pegou a seleção. Claro, Tite foi ovacionado. É celebridade nacional e, com crédito, teve apoio da torcida.

Em casa, Tite manteve-se fiel ao estilo de jogo da seleção. Marcação forte, toque de bola rápido, chegada de volantes ao ataque, liberdade aos atacantes e a posse de bola. O Paraguai desperdiçou chance, no erro de Miranda. González perdeu o gol. Silva fez defesas difíceis, mas não evitou o gol de Philippe Coutinho, no chute rasteiro - 1 a 0, aos 33 minutos. Boa vantagem. 

Administrá-la, ou ampliá-la, era objetivo brasileiro na etapa final. A equipe de Tite não pode reclamar das chances desperdiçadas. Na melhor, Neymar pedalou na área. Forçou e caiu. Pênalti. Camisa 10, capitão e craque da equipe, Neymar se encarregou da cobrança. Bateu mal. Silva defendeu aos 8 minutos.

A redenção foi em grande estilo. Próximo à lateral, antes da linha do meio, Neymar ganhou da marcação, entrou na área, tocou e viu a bola tocar num rival, antes de enganar o goleiro: 2 a 0, aos 18 minutos. O árbitro anulou gol impedido de Neymar, depois de ser avisado pelo assistente. Mas, aos 40 minutos, com toque sutil sobre o goleiro, Marcelo carimbou o passaporte brasileiro rumo à Copa da Rússia. 

Brasil
Alisson; Fagner, Marquinhos (Thiago Silva), Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Renato Augusto; Philippe Coutinho, Roberto Firmino e Neymar. Técnico: Tite 

Paraguai
Anthony Silva; Bruno Valdéz, Paulo da Silva, Dario Verón e Alonso; Riveros, Rodrigo Rojas, Hernán Pérez, Almirón (Óscar Romero); González (Santander) e Domínguez (Angel Romero). Técnico: Francisco Arce

Local: Arena Itaquerão (São Paulo). Árbitro: Victor Carilo (Peru). Assistentes: Jonny Bossio e Coty Carrera (ambos do Peru). Público: 44.378 pagantes. Renda: R$ 12.323.925,00. Gols: Philippe Coutinho aos 33 minutos do 1º tempo; Neymar aos 18 minutos e Marcelo aos 40 do 2º tempo.