O Palmas promoveu uma cerimônia, nesta segunda-feira (25), em homenagem às vítimas da queda do avião que vitimou cinco profissionais do clube, incluindo o presidente Lucas Meira, e o piloto Wagner Machado. O evento foi transmitido em uma rede social do clube, com a presença do elenco da equipe, staff e dirigentes.

O diretor de futebol Robson Tavares disse que Lucas Meira, presidente do Palmas, que foi sepultado nesta segunda-feira, mudou a história do futebol no Tocantins. Os dois eram próximos e foi o dirigente goiano que procurou Robson para levá-lo ao Palmas.

“O Lucas há três anos e meia me procurou e encontrei esse maluco com uma proposta para me levar para o Tocantins para voltar a trabalhar com futebol. Todos os meus amigos me perguntaram porque eu comprei o projeto dele, esse maluco me encantou. O último clube que eu trabalhei foi o Corinthians (2013, coordenador da base). Deus colocou o Lucas na minha vida e eu ganhei um irmão, ele passou a ser minha família”, contou Robson Tavares, de 52 anos.

Por não ter familiares em Palmas, Robson Tavares disse que o convívio com Lucas Meira era fora das dependências do clube. “Eu entrava na casa dele e tirava tudo do lugar. Ele vinha atrás e arrumava. Não gostava de ver um quadro torto. Na minha relação com o Lucas, eu era o moleque, sabendo que ele tinha essas coisas de querer tudo certinho. Um dia ele parou de arrumar e falou que eu fazia de propósito para irritá-lo”, brincou o diretor de futebol do Palmas.

“O Lucas não quer que a gente pare, vamos seguir firme. A gente sabe que a família no futebol tem com uma das marcas o apoio um com o outro. É isso que vamos fazer nas nossas vidas”, salientou Robson Tavares, que também falou da relação com os quatro atletas que morreram no acidente: Lucas Praxedes, de 23 anos,  o zagueiro Guilherme Nóe, 28 anos, o meia Marcus Molinari, 23 anos, o goleiro Ranule, 27 anos. Na queda do avião, o piloto Wagner Machado, 59 anos, também morreu.

“O Noé estava indo para o segundo ano aqui com a gente, o Ranule, Molinari e Praxedes eu conheci agora, mas a família do futebol não precisa de conhecimento. O sofrimento e a luta de todos é a mesma, geralmente estamos sempre longe de casa e formamos uma família. Perdemos quatro irmãos, cinco com o Lucas, e a dor é grande. Por menos tempo que eu conheça cada um deles, a dor é grande”, disse Robson Tavares.