Uma semana após o êxtase pela conquista de seu segundo título da Copa Libertadores da América, o Palmeiras viveu neste domingo (7) a frustração de não passar da semifinal do Mundial de Clubes da Fifa e perder a chance de buscar o inédito troféu da competição.

No Catar, em Doha, o time alviverde teve atuação ruim e acabou derrotado pelo Tigres (MEX), por 1 a 0.

O clube paulista, assim, torna-se o quinto sul-americano a se despedir da competição antes da final desde 2005, quando a Fifa adotou o formato atual do torneio.

Internacional (2010), Atlético-MG (2013), Atlético Nacional-COL (2016) e River Plate-ARG (2018) foram os outros clubes que entraram na disputa como vencedores da Libertadores e também não tiveram a oportunidade de disputar a decisão.

Mesmo presentes em 15 das 16 edições do Mundial, os mexicanos nunca haviam avançado até a final. O Tigres, portanto, terá a chance de buscar um título inédito para o país - na decisão, enfrentará o vencedor do duelo entre Bayern de Munique (ALE) e Al-Ahly (EGI), nesta segunda-feira (8), às 15h.

Com o Catar fechado a turistas devido à pandemia de Covid-19, apenas residentes puderam acompanhar a partida no estádio, que teve sua capacidade de 45 mil pessoas limitada a 30%. Os cerca de 13 mil lugares disponíveis, no entanto, não foram totalmente ocupados.

Entre os presentes, alguns palmeirenses espalhados nas arquibancadas devido à determinação de adotar o distanciamento social demonstravam aflição com o desempenho da equipe.

Abel Ferreira optou por mandar a campo a mesma formação que iniciou a final da Libertadores diante do Santos, partida em que os palmeirenses venceram por 1 a 0, gol de Breno Lopes.

O herói do título continental, porém, não pôde ser inscrito no Mundial porque o regulamento da Fifa veta a presença de atletas que tenham sido contratados após o fechamento da janela internacional. Em campo, o Palmeiras sentiu justamente a falta de alguém com a estrela dele.

O fato de Weverton ter sido o grande nome do primeiro tempo, por fazer três grandes defesas, já indicava ao time de Abel que não seria fácil superar os mexicanos. González e Gignac exigiram atuações do goleiro para evitar que a meta palmeirense fosse vazada.

Apenas Rony, em chute de fora da área, fez Guzmán trabalhar. Os brasileiros pouco aproveitavam a forma adiantada como o goleiro se posicionava, quase como um líbero. Ainda que a etapa inicial tenha acabado com equilíbrio na posse de bola, o Tigres esteve mais perto do gol.

E não foi diferente no início do segundo tempo, mas desta vez nem Weverton salvou. Aos 7 minutos, Luan puxou González na área: pênalti. Na cobrança, Gignac abriu o placar, aos 8.

Como resposta, Abel fez três mudanças quase em sequência. Mas nem as entradas de Patrick de Paula, Felipe Melo e Willian fizeram o time recuperar a presença que tinha no meio de campo, setor em que tinha vantagem até sofrer o gol.

Nervoso, o Palmeiras passou a errar passes na busca pelo empate. Alguns jogadores mais nervosos abusavam de faltas bobas, ficavam em impedimento e pareciam desatentos em lances importantes.

Demonstrando mais tranquilidade, o Tigres soube frear o ritmo do jogo para segurar a vantagem até fim e fazer história para o futebol mexicano.