Matéria atualizada às 21h49Após a carateca tocantinense Millena Muralha, 21 anos, registrar boletim de ocorrência no dia 12 de junho contra seu pai, Márcio Oriene Alves, que a teria agredido na madrugada do dia 11 de junho, durante um churrasco na casa dele, em Palmas, o homem de 42 anos resolveu falar sobre o ocorrido.Por meio de uma nota, divulgada por sua assessoria jurídica, Márcio afirma que “em nenhum momento agrediu a Senhorita Millena Muralha.” No documento, encaminhando ao Jornal do Tocantins, nesta segunda-feira, 15, os advogados dizem que o homem apenas se defendeu “das agressões iniciadas contra sua pessoa, dentro de sua própria casa. Portanto, é infundada a acusação de espancamento que circula nas redes sociais.”Segundo informa a nota, as informações que circularam nas redes sociais e em veículos de comunicação são falsas e sem fundamento. A defesa do homem, que é acusado de agredir a filha, relata que todas as ameaças contra ele e a tentativa de manchar sua reputação serão levadas à justiça.“Por fim, informamos que todas as medidas administrativas e judiciais, inclusive criminais, estão sendo tomadas em busca da verdade concreta. Ou seja, todas as ameaças e promessas de acusações feita contra sua pessoa e que estão sendo cumpridas neste momento, com o único intuito de desmoralizá-lo perante a sociedade, serão levadas à justiça, tanto para comprovar sua inocência diante da falsa acusação da prática de crimes, quanto para mostrar à sociedade, o quanto a mágoa, o ressentimento, a inveja e a alienação parental são prejudiciais à alma humana.”Caso Na noite da última quinta-feira, 11, a mãe de Millena, Flávia Rodrigues, divulgou nas redes sociais o desaparecimento da filha desde as quatro horas da manhã daquele dia. Em contato com o JTo, a mãe da carateca disse que tentava contato com a filha durante todo o dia e não teve retorno. O último relato era que o pai de Millena a teria agredido após a filha questioná-lo sobre casos de assédio sexual dentro da família. Flávia relatou que fez um boletim online e após a divulgação da notícia, poucas horas depois, a filha foi encontrada em um hospital particular da Capital.No mesmo dia, Millena gravou vídeos e postou em suas redes sociais sobre o que teria ocorrido e seu desaparecimento. Na sexta-feira, 12, ele registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e pediu uma medida protetiva, na qual seu pai tinha que ficar, no mínimo, a 100 metros de distância dela, de seus familiares e das testemunhas. Além disso, também foi pedido que Márcio não mantivesse nenhum tipo de comunicação com Millena.No relato do BO, Millena diz foi até a casa do pai acompanhada de seu namorado. Por lá estavam assistindo uma live e que faziam uso de bebida alcoólica. Em dado momento da noite, ela questionou Márcio sobre os casos de assédio sexual ocorridos na família. Eles começaram a discutir e MIllena chegou a derrubar uma mesa. A partir disso, Márcio teria partido para cima dela e a empurrou. Segundo o relato, Millena chegou a cair e o namorado dela teve que separar os dois.Millena conta no boletim, que quando levantou, tentou revidar e o pai a agrediu com um soco no lado esquerdo do rosto. Por causa do golpe, Millena afirma que até o momento que registrava o BO ainda não conseguir ouvir nada no seu ouvido esquerdo. A briga continuou fora da casa e os vizinhos da residência do seu pai testemunharam o ocorrido, conta Millena. Durante a confusão, Márcio teria tentado asfixiar a filha com o joelho, mas seu namorado separou os dois outra vez. Millena afirma que estava muito alterada, mas seu namorado a convenceu de ir embora.Ao chegar na casa da mãe, Millena ficou pouco tempo. Resolveu ir para uma pousada e no período da tarde procurou o hospital, na qual foi encontrada pela mãe no final da noite da quinta-feira. Sobre o sumiço, ela afirma que estava muito abalada e por isso ficou sem se comunicar.Sobre a medida protetiva, a assessoria jurídica de Márcio afirma que: “Neste ponto, ressaltamos que no primeiro momento, a própria justiça, reconhece não haver motivos para Medida Protetiva requerida pela Senhorita Muralha, comprovando que o infeliz caso, não passou de um desentendimento, causado por mágoas, potencializados pelo uso de álcool”. Os defensores do acusado também afirmam que até o momento o homem “não foi intimado ou notificado de forma legal quanto ao fato, mas permanece à disposição da justiça para prestar todos e quaisquer esclarecimentos.” (confirma nota na íntegra no final da matéria) Outros casosProcurada pelo JTo, Millena Muralha apresentou imagens de alguns boletins de ocorrência feitos por sua mãe contra Márcio, em casos de violência doméstica. Em um deles, realizado em 2008, sua mãe chegou a pedir uma medida protetiva, que incluia as filhas e foi deferida pela justiça. Além disso, segundo ela, seu pai teria praticado assédio sexual em 2011, quando ela tinha apenas 12 anos. Sobre esse caso, a mãe de Millena registrou BO em 2016.Após divulgar vídeos na internet, Millena conta que outras mulheres a procuraram para relatar casos de assédio que teriam sido cometidos pelo seu pai. Ela chegou a divulgar os relatos nas redes e enviou ao JTo os prints com os relatos. Porém, a carateca pediu para que as imagens não fossem divulgadas. Sobre os outros relatos que Millena fez, a assessoria de Márcio afirmou que se reserva a dizer apenas o que está na nota, sem mais detalhes. Nota da assessoria jurídica de Márcio OrieneNOTA DE ESCLARECIMENTOO Senhor Marcio Orione Alves Feitosa, por meio de sua assessoria jurídica, vem, através desta, manifestar-se sobre as informações inverídicas e infundadas que estão circulando nas mídias sociais e em veículos informativos, sobre uma “suposta agressão” praticada por ele contra a pessoa de nome Millena Muralha.O noticiante destaca que em momento algum pactua e concorda com qualquer tipo de violência seja doméstica, familiar, de gênero, ou outro tipo de ato violento. Além disso, afirma que em nenhum momento agrediu a Senhorita Millena Muralha.Cabe aqui ressaltar que o Sr. Marcio é pessoa íntegra, pai de família, com bons antecedentes, costumes e que ainda não responde ou respondeu a outro processo criminal transitado em julgado.O fato em questão deu-se início por conflito de opiniões causadas pelo dessabor do ressentimento, evoluindo para uma discussão acalorada que por fim, só chegou às vias de fato, por ser obrigado a se defender das agressões iniciadas contra sua pessoa, dentro de sua própria casa. Portanto, é infundada a acusação de espancamento que circula nas redes sociais.Neste ponto, ressaltamos que no primeiro momento, a própria justiça, reconhece não haver motivos para Medida Protetiva requerida pela Senhorita Muralha, comprovando que o infeliz caso, não passou de um desentendimento, causado por mágoas, potencializados pelo uso de álcool.Também esclarecemos que até a presente data o Senhor Marcio Orione Alves Feitosa não foi intimado ou notificado de forma legal quanto ao fato, mas permanece à disposição da justiça para prestar todos e quaisquer esclarecimentos.Por fim, informamos que todas as medidas administrativas e judiciais, inclusive criminais, estão sendo tomadas em busca da verdade concreta. Ou seja, todas as ameaças e promessas de acusações feita contra sua pessoa e que estão sendo cumpridas neste momento, com o único intuito de desmoralizá-lo perante a sociedade, serão levadas à justiça, tanto para comprovar sua inocência diante da falsa acusação da prática de crimes, quanto para mostrar à sociedade, o quanto a mágoa, o ressentimento, a inveja e a alienação parental são prejudiciais à alma humana.-Imagem (1.2069359)-Imagem (1.2069361)-Imagem (1.2069362)-Imagem (1.2069365)-Imagem (1.2069368)