Os contornos foram dramáticos, mas o Atlético-GO confirmou o favoritismo construído ao longo da temporada para levantar o título de campeão goiano de 2020. Na tarde deste sábado (27), véspera do início do Goianão de 2021, o Dragão precisou das cobranças de pênaltis, após empate no tempo regulamentar por 1 a 1, no Estádio Antônio Accioly, para chegar ao 15º título estadual de sua história. O Dragão mostrou força desde o início da competição, ainda antes da pausa forçada pela pandemia do coronavírus em março de 2020. O time rubro-negro aplicou goleadas sobre Goiânia (5 a 0) e Anápolis (5 a 1), antes de bater o rival Goiás pelo placar de 3 a 0. A equipe atleticana terminou a 1ª fase na liderança geral e confirmou sua força ao golear o Anápolis, mais uma vez por 5 a 1, nas quartas de final e eliminar a Aparecidense na semifinal. Após 15 jogos, em um campeonato que precisou ser encurtado em razão da pandemia, o Atlético-GO se sagra campeão com o aproveitamento de 73,3% e com apenas duas derrotas ao longo da trajetória. O Dragão também teve, de longe, o ataque mais positivo com 35 gols marcados. A mudança do calendário fez com que o Atlético-GO pudesse chegar ao título do Campeonato Goiano ao fim da temporada, diferente do habitual. A conquista do caneco estadual também coroa o trabalho do Dragão, que colheu outros frutos como a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro com a melhor campanha do clube na história da competição e uma nova classificação à Copa Sul-Americana. Como foi o jogo decisivoDentro de casa, o Atlético-GO tomou a iniciativa da partida e controlava mais a bola desde os primeiros minutos do jogo. O Goianésia ficou bem posicionado na defesa e buscava o contra-ataque. Os principais lances de perigo do jogo no primeiro tempo aconteceram em uma faixa do campo. O lado esquerdo do Dragão. O lateral Natanael e o atacante Wellington Rato tramavam boas jogadas. Na melhor chance do primeiro tempo, o canhoto chutou de pé direito uma bola que parou no pé da trave.O Azulão do Vale era perigoso no contra-ataque. Na velocidade de Franklin, o Goianésia deu trabalho para a defesa atleticana. Por mais de uma vez, o goleiro Jean ficou bravo com a defesa e pedia para que os companheiros “acordassem para o jogo”. O Goianésia ainda obrigou o goleiro Jean a trabalhar em cobrança de falta, mas o resultado do primeiro tempo teve placar inalterado.Curiosamente, a abertura do placar se deu na mesma faixa de campo no segundo tempo. No entanto, agora pelo lado direito do ataque atleticano. Wellington Rato enfiou bola para o lateral Dudu, que cruzou na medida para Zé Roberto aparecer dentro da área e completar para as redes.O Atlético-GO administrava a vantagem no placar até os 31 minutos, quando Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti após a bola tocar na mão esquerda do lateral Dudu dentro da área. O lance foi revisado com auxílio do árbitro de vídeo e a decisão de campo foi mantida. No minuto seguinte, o atacante Vanílson bateu forte no meio do gol e empatou a decisão.O Dragão se lançou ao ataque para tentar a vitória ainda no tempo regulamentar, mas esbarrou na boa defesa montada pelo Goianésia e a decisão do Goianão foi para as cobranças por pênaltis.Na marca da calO Campeonato Goiano não era decidido em cobranças de pênaltis desde a final de 2016, quando o Goiás derrotou o Anápolis, no Serra Dourada. No Estádio Antônio Accioly, Atlético-GO e Goianésia protagonizaram mais uma vez esse tipo de disputa para saber quem teria o direito de colocar a mão na Taça Maguito Vilela.Pelo Dragão, o goleiro Jean, o meia Chico, o zagueiro João Victor, os atacantes Roberson e Zé Roberto converteram as cobranças. Pelo Goianésia, os atacantes Fabinho Alves, Dudu Itapajé e Vanílson converteram as cobranças, mas Iran desperdiçou o chute ao bater no travessão. FICHA TÉCNICALocal: Estádio Antônio Accioly, em Goiânia (GO)Data: 27/02/2021 (sábado)Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO)Assistentes: Fabrício Vilarinho (Fifa/GO) e Bruno Pires (Fifa/GO)VAR: Eduardo Tomaz (GO)Atlético: Jean; Dudu (Arnaldo), João Victor, Oliveira e Natanael; Willian Maranhão, Marlon Freitas e Matheus Vargas (Chico); Janderson (Roberson), Zé Roberto e Wellington Rato (Nicolas). Técnico: Marcelo CaboGoianésia: Artur; Bruno Leite, Caio, Márcio Luiz e Elves; Iran, Fábio Leite (Anderson Sobral), Andrezinho (Dudu) e Du Gaia (Fabinho Alves); Franklin (Dudu Itapajé) e Vanílson. Técnico: Luan CarlosGols: Zé Roberto aos 2’ do 2º tempo (Atlético-GO); Vanílson aos 32’ do 2º tempo (Goianésia)