O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira (4) a condenação de Nuno Cobra, ex-preparador físico do tricampeão mundial de Fórmula 1, Ayrton Senna, pelo crime de violação sexual. 

Segundo a repórter Gabriela Moreira, da ESPN, Nuno Cobra, de 79 anos, é acusado de cometer o crime contra uma mulher durante um voo de Curitiba para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 2015. O processo corre em segredo de justiça na 3ª Vara Federal de São Paulo.

De acordo com a vítima e com testemunhas, Cobra sentou-se ao lado da mulher e iniciou uma conversa com ela, afirmando que trabalhava com o corpo e manipulação de energias. Durante o processo de decolagem, o preparador físico começou a tocar os seios e as pernas da vítima por várias vezes, dizendo que o formato de seu corpo lhe despertava pontos de energia que não sentia há muito tempo.

Ainda conforme os relatos apresentados pelo MPF, a mulher só conseguiu se desvencilhar de Cobra após a aeronave ficar estabilizada, ao final do processo de decolagem. Ela se levantou e procurou a ajuda dos comissários de bordo. No aeroporto de Congonhas, ela prestou depoimento na Polícia Federal (PF).

Para o Ministério Público Federal, Nuno Cobra aproveitou-se da vítima estar em local fechado e durante a decolagem do avião, que a impedia de abandonar o assento. A procuradora Ana Carolina Previtalli Nascimento pediu a condenação pelos crimes de estupro ou ato libidinoso cometido mediante fraude ou meio que impeça ou dificulte a defesa da vítima, conforme disposto no Código Penal. Os advogados do preparador físico negam a acusação.