Uma corte de apelação dos Estados Unidos determinou que o quarterback Tom Brady, do New England Patriots, deve cumprir suspensão de quatro jogos imposta pela NFL (principal liga de futebol americano dos EUA) por ter usado bolas murchas no jogo contra o Indianapolis Colts na final da Conferência Americana de 2015.

A decisão da corte de Nova York se sobrepõe a outra obtida a favor do marido da modelo brasileira Gisele Bündchen em uma corte inferior, em setembro do ano passado, que anulava a suspensão.

Com a decisão desta segunda (25), realizada por uma turma de três juízes, deve acabar a disputa judicial sobre o caso, que suscitou discussões entre os fãs de futebol americano sobre a importância da pressão do ar nas bolas e sobre a reputação de Tom Brady, um dos maiores jogadores da história da liga americana, que diz ser inocente.

ENTENDA O CASO

Segundo uma investigação independente contratada pela NFL, Brady sabia "pelo menos de forma geral" que as bolas utilizadas em um jogo decisivo, contra o Indianapolis Colts, haviam sido deliberadamente esvaziadas.

A partida que teve bolas murchas, em janeiro de 2015, foi vencida pelos Patriots em casa por 45 a 7 e valia o título da Conferência Americana. O documento final da investigação conduzida pelo advogado criminalista Ted Wells tem mais de 200 páginas.

As bolas mais vazias ajudam tanto nos lançamentos feitos pelo quarterback (principal jogador de ataque), posição em que atua Brady, quanto nas recepções do jogador que recebe o passe.

Durante a partida contra os Colts, um membro da comissão técnica da equipe visitante entregou aos juízes uma bola mais vazia que o recomendado. Os árbitros então conferiram as 12 bolas usadas no jogo e apenas uma estava com a pressão correta.

Durante o processo de investigação, foram analisadas as bolas usadas, e-mails, mensagens de texto e imagens do circuito interno de segurança do estádio.