Esta terça-feira, 30 de maio de 2017, ficará lembrada na memória do jovem tenista francês Maxime Hamou, de 21 anos, atual número 287 do tênis masculino mundial, como um dia desagradável. Tanto pelo que fez dentro de quadra, como também fora dela.

Jogando em casa, no saibro de Roland Garros, em Paris, um dos quatro principais torneios de tênis na temporada, Hamou perdeu logo na 1ª rodada para o uruguaio Pablo Cuevas por 3 sets a 0 (6/3, 6/2 e 6/4).

Após a partida, enquanto tirava fotos e distribuía autógrafos, ele tentou beijar à força a jornalista do canal Eurosport Maly Thomas, que buscava fazer uma entrevista ao vivo com o atleta.

Abraçado a um fã, Hamou beijou o rosto de Maly por diversas vezes, com o braço em seu pescoço. A repórter, visivelmente sem graça, tentou se esquivar das investidas do tenista. Em entrevista à edição francesa do jornal Huffington Post, Maly Thomas definiu o ocorrido como "desagradável". "Se eu não estivesse ao vivo teria dado um soco nele", esbravejou.

Enquanto a situação acontecia, Maly Thomas estava conectado em um link com os estúdios da Eurosport. Os apresentadores que acompanhavam o assédio eram mostrados rindo. Entre eles, estava o ex-jogador francês Henri Leconte, campeão de Roland Garros nas duplas masculinas em 1984. A atitude gerou revolta de usuários de redes sociais.

Após o fato, a direção do torneio francês decidiu cancelar a credencial de Hamou, caracterizando seu comportamento como "inapropriado". À AFP, um porta-voz do canal Eurosport também repudiou o assédio do tenista, chamando-o de "altamente inadequado". "Maly é uma jornalista muito respeitada e gostaríamos que recebesse um pedido de desculpas. Pedimos desculpas aos telespectadores que se sentiram ofendidos", afirmou.