Pneus, ameaça de chuva e mais protestos. Mesmo antes da largada, o Grande Prêmio da Hungria de Fórmula 1, disputado neste domingo (19), já anunciava pelo que ficaria marcado.

E quem se saiu melhor foi Lewis Hamilton (Mercedes), que antes da prova novamente se ajoelhou em manifestação antirracista. Durante ela, largou bem, não deixou as condições meteorológicas atrapalharem e liderou de ponta a ponta para vencer a disputa e subir à liderança do campeonato mundial de F-1.

Hamilton terminou a corrida a frente de Max Verstappen (RBR), em segundo, e de seu companheiro de equipe, o finlandês Valtieri Bottas, que com a terceira posição caiu para a vice-liderança na classificação geral da temporada.

Pela terceira vez em três corridas disputadas desde o retorno da F-1 após a paralisação causada pela pandemia do coronavírus, houver protestos e pilotos usaram camisetas com a frase "fim ao racismo".

Antes da corrida começar, não chovia, mas a pista fez Verstappen bater o carro na volta de aquecimento. O acidente ligou o sinal de alerta e os dois pilotos da Haas (Kevin Magnussen e Sergio Pérez) resolveram perder posições no grid de largada para trocar os pneus.

Já na sexta volta, todos os pilotos haviam passado pelos boxes para fazer a troca, inclusive Hamilton, que conseguiu abrir 8 segundos de vantagem para o segundo colocado na largada e não teve sua liderança ameaçada.

Bottas, que antes da corrida liderava o campeonato mundial, não fez valer a segunda posição no treino classificatório e largou mal, perdendo diversas posições. Graças a um rápido e eficiente trabalho da equipe, Vertappen, mesmo perdendo posições no grid de largada por conta do acidente, conseguiu consertar seu carro e terminou em segundo lugar.

Na 35ª volta, a metade da corrida, a câmera da transmissão mostrou os primeiros pingos de chuva, enquanto Hamilton, em um áudio recuperado, avisava sua equipe que sua viseira estava molhada.

No linguajar popular, foi um "chove, mas não molha". A pouca água que caiu não atrapalhou o desempenho das equipes que mantiveram a sua estratégia.

Melhor para o britânico, que começou o final de semana conquistando a sua 90ª pole position, um recorde. O seis vezes campeão mundial pôde até poupar seu castigado pneu dianteiro esquerdo, à pedido da equipe, no final da prova para evitar qualquer problema.

Com uma enorme vantagem na ponta e faltando três voltas para o final, ele ainda pôde parar nos boxes, trocar os pneus e fazer a volta mais rápida da corrida, somando mais um ponto na classificação geral do campeonato.

Com sua oitava vitória neste circuito, Hamilton chegou ultrapassou Bottas no mundial de F-1, e assumiu a liderança com duas vitórias (Síria e Hungria), contra uma do finlandês, que triunfou no primeiro circuito da temporada (Áustria).