O Grêmio jogou conforme o regulamento e conseguiu vaga para a final da Copa do Brasil. Nesta quarta-feira (2), o time tricolor empatou por 0 a 0 com o Cruzeiro e voltou a uma decisão importante depois de nove anos.

Desde 2007 o Grêmio não atingia uma decisão importante. Esteve em finais de Gauchão, apenas. E poderá romper um jejum de títulos relevantes que dura desde 2001, com a Copa do Brasil. Desde 2010 que nem mesmo Estaduais a equipe vence.

No confronto de ida, a equipe comandada por Renato Gaúcho havia vencido por 2 a 0. Poderia até perder por um gol de diferença que seguiria no torneio. Por isso usou todo expediente possível. Fez cera, recuou suas linhas, saiu no contra-ataque. E conseguiu seu objetivo.

O Grêmio encara o Atlético-MG, que empatou por 2 a 2 com o Internacional e confirmou vaga porque venceu por 2 a 1 o confronto de ida, em Porto Alegre.

A definição de mando de campo sairá em sorteio nesta sexta-feira às 9h (de Brasília), na sede da CBF. Os jogos decisivos serão nos dias 23 e 30 de novembro.

O jogo começou 2 a 0 para o Grêmio. A vitória em Belo Horizonte refletiu-se em campo. Esperando o adversário atrás em campo, o time gaúcho buscou a velocidade de Pedro Rocha para sair em contra-ataques. Não avançou suas linhas, preferiu retomar e rapidamente buscar o gol. Sempre que conseguiu, ganhou minutos preciosos, principalmente com o goleiro Marcelo Grohe.

O Cruzeiro mudou sua forma de jogar em relação ao compromisso de ida. Em vez do centroavante Ramón Ábila ou mesmo de Rafael Sóbis, o homem mais avançado foi William. Com ímpeto de quem precisava do resultado, os mineiros trataram de dominar o jogo e criaram as melhores chances desde o início.

Aos 31 minutos do primeiro tempo, um lance inusitado atrapalhou o Cruzeiro. Pela direita, o time mineiro ganhava a jogada, e a bola sobraria limpa dentro da área. William, de frente para ela, teria condições de chute. Mas foi parado pelo árbitro, que estava na frente dele. Ao se chocar com o juiz, o jogador mineiro olhou reprovando o posicionamento dele e nada pôde fazer.

Com o Cruzeiro precisando de dois gols e o relógio como adversário, o segundo tempo ganhou em emoção. O time mineiro passou a pressionar, Mano Menezes empilhou atacantes, mas as chances mais claras foram o Grêmio. Pedro Rocha quase marcou, Douglas acertou a trave e Everton infernizou a zaga celeste. Em um cruzamento na área, o Cruzeiro protestou pênalti. Em seguida, um lance com Ramiro também virou motivo de reclamações.

GRÊMIO
Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Ramiro (Jailson), Pedro Rocha (Everton) e Douglas (Rafael Thyere); Luan. T.: Renato Gaúcho

CRUZEIRO
Rafael; Lucas Romero, Léo, Bruno Rodrigo e Edimar; Henrique, Ariel Cabral, Robinho (Ábila), e Arrascaeta (Rafael Sobis); Willian (Alex) e Alisson. T.: Mano Menezes

Estádio: Arena do Grêmio, em Porto Alegre

Árbitro: Thiago Duarte (SP)

Público: 52.363

Renda: R$ 1.708.865,00