Após 31 rodadas no Campeonato Brasileiro, o Goiás vê sua situação piorar e a missão de escapar do rebaixamento ficar cada vez mais complicada. Um novo golpe foi sofrido pelo alviverde na noite desta quinta-feira (21), na Serrinha, ao ser goleado pelo Ceará, guiado pelo iluminado Vina, por 4 a 0. Depois de uma recuperação momentânea na Série A, que o içou da lanterna da competição, o alviverde volta a acumular itens que tornam a permanência mais difícil.

São sete gols sofridos nos últimos dois jogos, em goleadas em casa para Flamengo e Ceará, três derrotas seguidas no Brasileiro (quatro na temporada, se incluir o Goiano) e seis pontos de diferença para o primeiro time fora da zona de rebaixamento a sete rodadas do fim da Série A.

Na penúltima colocação com 26 pontos, o Goiás tem a mesma diferença de antes para o 16º colocado, mas a equipe goiana, porém, terá apenas mais sete rodadas na reta final do Brasileirão. O próximo duelo será domingo (24), fora de casa, contra o Santos, finalista da Libertadores.

O Goiás não perdia como mandante, por qualquer competição, com diferença de quatro ou mais gols desde 2011. Na ocasião, o time esmeraldino foi goleado, por 5 a 1, pelo Crac, em duelo válido pelo Campeonato Goiano. A derrota de 4 a 0 para o Ceará é a pior que a equipe goiana sofreu em 2020.

“Não tem muito o que dizer, temos de sentir vergonha na cara porque fizemos um jogo horrível. Não tem muito tempo para lamentar, domingo vamos para Santos tentar nos reerguer e sair dessa situação”, desabafou o meia Shaylon na saída do gramado, ao Premiere.

O time esmeraldino segue piorando seus números na atual edição do Brasileirão. A equipe possui o 3º pior aproveitamento (33,3%) como mandante e tem agora a pior defesa, com 51 gols, ao lado do Bahia.

Após o jogo, o técnico Glauber Ramos admitiu abatimento após goleada sofrida para o Flamengo, por 3 a 0, na rodada anterior, segunda-feira (18). O treinador cobrou volta da competitividade e do espírito de luta do time. “Realmente, a equipe tem de ser mais competitiva, como estávamos fazendo antes. Acho que o jogo contra o Flamengo abateu um pouco a equipe, a ausência de alguns jogadores. Mas é um grupo vencedor, que tem qualidade. Tem de voltar, conversar com eles para que voltem a acreditar” contou Glauber, que divide o comando da equipe com Augusto César.

Para Glauber, ainda não é o momento de desistir. “Não é esse momento ainda. Temos alguns pontos a brigar. Temos de procurar somar o maior número de pontos possível para ver o que vai acontecer”, comentou o treinador, que elogiou o atacante Fernandão, o zagueiro David Duarte e o volante Ariel Cabral, que, segundo ele, “lutaram muito”. “Viemos com um plano de jogo. Quando sofre o primeiro gol, realmente dá um baque. Logo em seguida, sofremos o segundo. Aí complica as coisas.”

Com a necessidade de pontuar, o Goiás partiu para cima, teve posse de bola durante toda a partida e tentou circular para encontrar espaços. Foi justamente por se expor que a equipe goiana pagou com nova derrota.

Três dos quatro gols do Ceará saíram de jogadas de aceleração, com toques rápidos e verticais que tiveram finalizações precisas. O gol “diferente” na partida foi um dos dois que Vina marcou: pênalti, originado em um contra-ataque.

“Sofremos quatro gols que foram originados em jogadas que nós conversamos que é o ponto forte deles (Ceará). Nos preparamos, sabíamos da força na transição deles e falhamos. Precisamos voltar a fazer bons jogos, combater em campo. Sofremos quatro gols de maneira difícil de engolir”, analisou Glauber.