Em crise financeira, o Cruzeiro tem de lidar com mais um problema para seus cofres. Em decisão da Justiça do Trabalho de Minas Gerais, publicada na sexta-feira, o clube de Belo Horizonte foi condenado a pagar R$ 2.116.183,44 ao volante Bruno Silva, que atualmente defende o Avaí. Em dezembro do ano passado, o jogador processou o time mineiro por conta do atraso no pagamento de parcelas da rescisão de contrato, assinada em janeiro de 2019.A juíza Daniele Cristina Morello, da 37.ª Vara do Trabalho, em Belo Horizonte, determinou que o valor em atraso das parcelas - o Cruzeiro dividiu o pagamento em 13 vezes, mas pagou sete - fosse pago integralmente. Cada uma das parcelas era de R$ 230.772,93, totalizado o valor de débito em R$ 1.384.637,58. Além disso, o clube foi condenado a pagar 50% do valor restante do distrato, o que alcança R$ 692.318,78.O Cruzeiro também foi condenado a pagar multas referentes a artigos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), com o montante total do débito chegando a R$ 2,116 milhões. O clube mineiro pode recorrer da decisão.Bruno Silva foi contratado pelo Cruzeiro em janeiro de 2018, com vínculo até 2020. No contrato, o jogador receberia um valor inicial de salário válido para a primeira temporada. Entretanto, o clube decidiu romper o contrato no início de 2019, acertando o pagamento de verbas rescisórias de R$ 3.016.775,26 em 13 parcelas.Natural de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, Bruno Silva, de 33 anos, começou na base do Villa Nova-MG e acumula passagens na carreira por Ipatinga-MG, Uberaba-MG, Social-MG, Valeriodoce-MG,Avaí, Ponte Preta, Atlético-PR, Chapecoense, Botafogo, Cruzeiro, Bahia e Fluminense. Em 2020, vestiu a camisa do clube de Florianópolis e disputou seis partidas antes da paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus.