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Cavaleiro machuca animal com espora, e Brasil é eliminado no hipismo

Eliminação veio porque foi encontrado sangue na pele do cavalo Nimrod de Muze após ele ser montado por Pedro Veniss

Folhapress

Modificado em 24/08/2024, 20:54

É a segunda vez nas últimas três Olimpíadas que o Brasil é desclassificado pela mesma razão

É a segunda vez nas últimas três Olimpíadas que o Brasil é desclassificado pela mesma razão ( Zohra Bensemra/Reuters/Reprodução UOL/Divulgação)

O Brasil está fora da disputa do hipismo no salto por equipes, modalidade em que sonhava com medalha. A eliminação veio porque foi encontrado sangue na pele do cavalo Nimrod de Muze após ele ser montado por Pedro Veniss.

É a segunda vez nas últimas três Olimpíadas que o Brasil é desclassificado pela mesma razão. Na Rio-2016, foi Stephan Barcha, que volta à equipe em Paris, que machucou seu cavalo.

Em Paris, Veniss zerou o percurso na fase de classificação para a competição por equipes. Ao fim da apresentação, ele se inclinou e passou a mão sobre a barriga do cavalo, exatamente onde a espora pega, no que parece ter sido uma tentativa de esconder eventuais lesões.

Mas a inspeção veterinária, feita logo depois, encontrou resquícios de sangue. Esse momento é filmado, e a reportagem obteve acesso às imagens, que já circulam em grupos de WhatsApp da comunidade equestre. O veterinário encosta com uma luva na pele do animal, e ela volta suja de sangue.

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    Como nessa edição de Olimpíadas não há descarte, sendo três conjuntos que se apresentam e o tempo de todos são computados, o Brasil não tem mais chances de se classificar entre as dez melhores que avançam à final.

    Em Paris, as disputas por equipes e individual são distintas. Na segunda (5) acontecem as eliminatórias do individual, com o Brasil podendo escalar três conjuntos. Os 30 melhores conjuntos voltam para a final, na terça (6), com notas zeradas.

    A equipe brasileira era esperança de medalha com Rodrigo Pessoa, Stephan de Freitas Barcha e Pedro Veniss, cuja convocação foi muito criticada, porque ele concorrida diretamente com Luciana Diniz, amazona que defendia Portugal, foi finalista em Tóquio, e a grande responsável por classificar o Brasil a esta Olimpíada.

    Veniss tem no currículo a medalha de ouro no salto por equipes no Pan de 2007 e no de 2019, além de ter ficado com o bronze em 2023.

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    Atual campeão, Botafogo perde no Chile em estreia na Libertadores

    Alvinegro faz pouco uso da ampla posse de bola e não consegue gerar perigo para a Universidad de Chile; com gol sofrido em contra-ataque, atual campeão sai derrotado por 1 a 0

    Modificado em 03/04/2025, 10:12

    Igor Jesus em Universidad de Chile x Botafogo pela Libertadores

    Igor Jesus em Universidad de Chile x Botafogo pela Libertadores (Vitor Silva / Botafogo)

    Atual campeão da Libertadores, o Botafogo perdeu por 1 a 0 em sua estreia na competição, contra a Universidad do Chile fora de casa nesta quarta-feira (2), no Estádio Nacional, em Santiago.

    O gol da La U foi marcado pelo argentino Di Yorio, que teve passagem pelo futebol brasileiro, atuando no Athletico-PR em 2024.

    Assim como aconteceu recentemente com seus principais rivais, o Botafogo manteve a sina dos cariocas de estrear mal sendo o atual campeão. Vencedor da Libertadores em 2022, o Flamengo estreou em 2023 perdendo para o Aucas do Equador por 2 a 1. O Fluminense, campeão em 2023, também começou não muito bem a Libertadores do ano seguinte, empatando com o Alianza Lima, do Peru, por 1 a 1.

    Com o resultado, o Botafogo fica em 3º lugar no grupo A da Libertadores. O Estudiantes, que venceu o Carabobo por 2 a 0, soma 3 pontos e fica em 1º lugar.

    O próximo compromisso do Botafogo será em casa contra o Juventude, no sábado (5), pela 2ª rodada do Brasileirão. Pela Libertadores, o Botafogo volta a campo no dia 8, jogando em casa contra o Carabobo, da Venezuela.

    COMO FOI O JOGO

    O Botafogo jogou o 1º tempo da partida no Chile como se estivesse em casa. O time carioca teve mais posse de bola e conseguiu pressionar em alguns momentos.

    No entanto, a La U se fechou muito bem, saindo em contra-ataques ocasionais e cedeu poucos espaços para o time visitante abrir o placar. O resultado de ambas as propostas foi um 1º tempo bastante morno no Estádio Nacional.

    O 2º tempo começou muito truncado, com faltas sendo marcadas a todo instante. Quem quase abriu o placar aos 9 minutos foi a La U, com Di Yorio cabeceando para uma bela defesa de John.

    No ataque seguinte, Di Yorio não desperdiçou e abriu o placar para a Universidad do Chile. O atacante argentino recebeu na grande área em jogada de contra-ataque da La U e ficou cara a cara com John, batendo na saída do goleiro botafoguense.

    Após o gol, Renato Paiva fez duas substituições imediatas no Botafogo, colocando Elias Manoel e Artur nos lugares de Patrick de Paula e Matheus Martins. No entanto, a Universidad de Chile continuou com seu futebol de retranca, dificultando a vida do Botafogo, que não conseguiu penetrar na defesa chilena. Os chilenos também abusaram da catimba até o apito final que decretou a vitória da La U.

    UNIVERSIDAD DO CHILE

    Castellón; Calderón, Ramírez, Zaldívia, Hormazábal; Altamirano (Poblete), Díaz (Montes), Sepúlveda, Aránguiz; Di Yorio (Contreras), Fernández (Guerra). Técnico: Gustavo Álvarez.

    BOTAFOGO

    John; Vitinho, Jair, Barboza, Alex Telles; Gregore, Marlon Freitas (Allan), Patrick de Paula (Elias Manoel); Santi Rodríguez (Jeffinho), Igor Jesus, Matheus Martins (Artur). Técnico: Renato Paiva.

    Local: Estádio Nacional, Santiago (Chile)

    Árbitro: Esteban Ostojich (Uruguai)

    Cartões amarelos: Patrick de Paula, Gregore e Jeffinho (BOT), Fernández, Sepúlveda, Aránguiz e Guerra (UCH)

    Cartões vermelhos: Igor Jesus (BOT)

    Gols: Di Yorio (UCH), 14' do 2º tempo

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    Araguaína e União empatam na ida e decisão fica para o 2º jogo da final

    Quem vencer o segundo jogo fica com a taça. Em caso de novo empate, a decisão será nos pênaltis

    Modificado em 29/03/2025, 20:50

    Araguaína e União empatam no primeiro jogo da final

    Araguaína e União empatam no primeiro jogo da final (Vinicius Cantuares /União-TO)

    Araguaína e União empataram, por 1 a 1, no primeiro jogo da final do Campeonato Tocantinense, neste sábado (29), no Mirandão, em Araguaína. Douglas Pantera marcou para o União, e Matheus Café garantiu a igualdade para o Araguaína. A partida ficou marcada pelo número expulsos. Após um início de confusão no intervalo, o árbitro Tarcísio Matos expulsou Gustavo Gomes e Negreiros, do União. Pelo lado do Araguaína foram expulsos o goleiro Vagne e o atacante Panambi.

    Com a igualdade na ida, a decisão ficou para o segundo jogo. Quem vencer na volta levanta a taça. Em caso de novo empate, a decisão será nos pênaltis.

    O jogo

    O primeiro tempo foi de equilíbrio no Mirandão. Aos 6, o União chegou com Wanderson, que acabou isolando a chance criada. O Araguaína respondeu aos 8, com Kevin que finalizou da entrada da área. A bola saiu com desvio. Aos 21, Felipe Afonso finalizou no meio do gol, e obrigou o goleiro Vagne, do Araguaína, defender e mandar em escanteio. Aos 34, Douglas Pantera encheu o pé, de fora da área, e abriu o placar para o União.

    Aos 41, Kevin recebeu passe em profundidade, invadiu a área e caiu após dividida com o goleiro Davi Guedes, do União -- o árbitro mandou seguir. Aos 46, Davi Guedes tentou impedir a finalização de Panambi e o derrubou na área. O árbitro Tarcísio Matos deu a penalidade para o Araguaína, mas anulou em seguida após os assistentes apontarem impedimento no lance.

    O segundo tempo começou com nove de cada lado -- quatro foram expulsos por um início de confusão no intervalo do jogo. O Araguaína perdeu o goleiro Vagne e o atacante Panambi. Já o União ficou sem o meia Gustavo Gomes e o lateral-esquerdo Negreiros. Em desvantagem no placar, o Araguaína passou a pressionar em busca do gol, e ele veio aos 23 após cobrança de falta direto para a área. A bola ficou viva e Matheus Café completou para o gol.

    O União, que só se defendia, passou a sair após o gol, mas não chegou a criar chances claras. O Araguaína, também, tentava a virada, mas sem efetividade no último passe.

    Agenda

    O segundo jogo da final será no próximo sábado (5), às 18h (de Brasília), no Mirandão, em Araguaína - com mando do União, que fez melhor campanha na segunda fase.

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    Tribunal espanhol anula condenação de Daniel Alves por agressão sexual

    Juízes dizem ver 'lacunas, imprecisões, inconsistências e contradições'; jogador brasileiro havia sido sentenciado a 4 anos e 6 meses de prisão por agressão sexual

    Jogador Daniel Alves

    Jogador Daniel Alves (Lucas Figueiredo/Divulgação)

    O TSJC (Tribunal Superior de Justiça da Catalunha) anunciou nesta sexta-feira a anulação da sentença que condenava Daniel Alves por agressão sexual. O ex-jogador havia sido condenado a 4 anos e 6 meses de prisão, e estava em liberdade condicional desde março do ano passado.

    Em documento publicado nesta sexta, o a Seção de Apelações do TSJC afirma que a sentença, de fevereiro de 2024, tem um "deficiências de análise".
    A decisão de aceitar o recurso da defesa de Daniel Alves foi tomada por unanimidade entre os membros da sala.

    A decisão afirma, também, que "A partir da prova produzida, não se pode concluir que tenham sido superados os padrões exigidos pela presunção de inocência" e lembra que as sentenças condenatórias exigem um "padrão reforçado de motivação".

    A acusação particular ---representante da mulher que denuncia o jogador --- e o Ministério Público espanhol ainda podem apresentar recurso.

    Ainda no comunicado publicado nesta sexta-feira, o TSJC afirma que o fato de ter anulado a sentença "não significa que a hipótese verdadeira seja a que sustenta a Defesa do acusado.

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    Ramón é o primeiro técnico estrangeiro campeão pelo Corinthians após quase 90 anos

    O último a conseguir o feito foi o português Antônio Pereira, um dos operários fundadores da agremiação, campeão estadual em 1937.

    Modificado em 28/03/2025, 11:31

    Ramón Díaz, técnico do Corinthians

    Ramón Díaz, técnico do Corinthians (Juan Mabromata/ Reprodução)

    Ramón Díaz, 65, não é unanimidade entre a torcida do Corinthians. Seus métodos, suas decisões táticas e, principalmente, suas escalações são sempre questionadas por boa parte dos torcedores. Mas, a partir de agora, há algo inquestionável que o faz ficar marcado para sempre na história da equipe. Com a conquista do Campeonato Paulista 2025, é o primeiro técnico estrangeiro campeão pelo clube em quase 90 anos.

    A conquista teve um peso ainda maior por ter sido alcançada diante do Palmeiras, o maior rival da equipe alvinegra, e diante dos torcedores corintianos, que lotaram a Neo Química Arena nesta quinta-feira (27).

    O último a conseguir o feito foi o português Antônio Pereira, um dos operários fundadores da agremiação, campeão estadual em 1937.

    Fundado em 1910, o time do Parque São Jorge teve até hoje 19 técnicos estrangeiros, sendo sete deles na era amadora, quando não havia formalmente a função de treinador. A função, geralmente, era dos capitães do time. Isso durou até o começo dos anos de 1930.

    Pereira foi o único campeão já depois dessa fase. Antes, na era amadora, o espanhol Casemiro González e os italianos Guido Giacominelli, Ângelo Rocco e Virgílio Montarini também foram campeões pelo clube.

    Ramón, que notadamente divide seus méritos com seu filho e auxiliar Emiliano, é portanto o primeiro sul-americano a se juntar à galeria dos vencedores.

    Em 2024, quando foi contratado, tornou-se o 19º estrangeiro a comandar o Corinthians. A lista tem nomes de seis países diferentes: Argentina, Espanha, Itália, Paraguai, Portugal e Uruguai.

    Antes da comissão técnica da família Díaz, o último argentino a comandar a equipe foi Daniel Passarela, em 2005. Contratado na época para substituir Tite, teve uma passagem meteórica, de apenas dois meses, com 15 jogos (7 vitórias, 4 empates e 4 derrotas).

    O fracasso deu início a uma era em que os dirigentes corintianos passaram a repelir a ideia de um técnico de fora do país dirigir o time alvinegro. Isso só mudou recentemente, em 2022, quando o português Vítor Pereira desembarcou no Parque São Jorge.

    Com 64 jogos e 51,6% de aproveitamento, ele quase antecipou o feito alcançado agora por Ramón, mas só conseguiu um vice-campeonato, quando o Corinthians acabou derrotado pelo Flamengo na final da Copa do Brasil de 2022. No ano seguinte, ele se transferiu justamente para o time carioca.

    O futuro de Ramón Díaz no Corinthians é incerto. Depois de ajudar o time a escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2024, com uma histórica arrancada, o time fez sob o comando dele a melhor campanha da primeira fase do Paulista, mas acabou eliminado na fase preliminar da Libertadores.

    Se tivesse perdido o título estadual para o Palmeiras, sua situação certamente ficaria insustentável. Com o troféu na mão, ganhou mais tranquilidade para seguir no comando e iniciar o Brasileiro de 2025 à frente do elenco alvinegro.

    De qualquer forma, seu tempo no Parque São Jorge já está marcado pela histórica conquista desta quinta, diante do maior rival do Corinthians.