Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em ano ímpar. Eventos que levam 2020 no nome encerrados em 2021. A edição 2021 da Liga Mundial de Surfe iniciada em 2020 e a temporada 2020/21 da NBA quase restrita a 2021.

As confusões entre os anos mostram que a previsibilidade de outrora ainda passa longe do calendário das grandes competições esportivas.

Um oferecimento da pandemia da Covid-19, que por meses deixou o espectador praticamente órfão de novos eventos para acompanhar, mesmo que pela televisão. Foi a época de se contentar com as reprises.

Apesar de quase todas as modalidades terem retomado suas programações no segundo semestre, algumas até com a presença de público a depender do local, muitas incertezas ainda imperam na virada do ano.

Após o adiamento inédito de uma edição de Jogos, anunciado em março pelos organizadores japoneses e pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), o discurso de que a cerimônia de abertura de Tóquio-2020 (o nome oficial do evento permaneceu assim) ocorrerá em 23 de julho de 2021 se sustenta.

A Eurocopa, com várias sedes espalhadas pelo continente numa edição especial e que se tornou arriscada, e a Copa América na Argentina e Colômbia também foram postergadas para um ano depois da previsão original.

As preocupações com o aumento nos casos da doença pelo mundo e com uma nova mutação possivelmente mais contagiosa do coronavírus caminham ao lado da esperança gerada pelo início da vacinação em vários países.

No Brasil, onde o cenário da imunização é incerto e os dilemas também são grandes, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) escolheu manter a maratona de partidas. Assim, logo que os campeonatos da temporada 2020 acabarem, em fevereiro, iniciarão os de 2021. Competições estaduais, nacionais, internacionais e da seleção brasileira irão se sobrepor até dezembro, quando enfim os jogadores voltarão a ter férias.

Os circuitos mundiais de tênis e da F-1, que voltaram com limitações, esperam agenda repleta no ano que chega, mas elas ainda são tidas como provisórias. A NBA tenta ter sucesso fora da "bolha" sanitária que criou na Disney, e as ligas de vôlei e basquete do Brasil buscam encerrar suas temporadas após cancelarem a última no meio.

-