A tenista tcheca Petra Kvitova, 26, bicampeã de Wimbledon e número 11 do ranking mundial, foi vítima de um assalto e acabou esfaqueada na manhã da última terça-feira (20), em sua casa, em Prostejov, na República Tcheca.

Segundo as autoridades locais, o ataque ocorreu por volta das 8h30 (horário de Prostejov) e o responsável teria sido um homem de aproximadamente 35 anos. Uma busca está sendo efetuada para prendê-lo.

Kvitova sofreu ferimentos em sua mão esquerda (ela é canhota) e foi socorrida por médicos. Ela afirmou na página da equipe tcheca da Fed Cup no Facebook que o incidente "certamente não foi agradável, mas está superado".

"O mais importante para mim agora é que os médicos verifiquem qual é a condição da minha mão. Eu confio neles e acredito que tudo vai terminar bem. Eu tenho os melhores cuidados possíveis e estou em contato com pessoas queridas. O pior já passou", disse a atleta.

Kvitova foi campeã de Wimbledon em 2011 e 2014 e soma 19 títulos em sua carreira. Ela chegou a ocupar a vice-liderança do ranking mundial em 2011.

RECUPERAÇÃO

"Se falarmos de esforço esportivo, ela precisará de pelo menos seis meses", afirmou Radek Kebrle, porta-voz do hospital onde a tenista foi operada, em entrevista ao jornal "Sport".

Em princípio, os médicos tinham indicado que Kvitova poderia estar recuperada e começar a treinar em seis meses. No entanto, a porta-voz do hospital ressaltou que a atleta precisará de pelo menos seis semanas para recuperar os tendões da mão.

"Para que eles amadureçam e adquiram suficiente firmeza, e assim ela possa aguentar a pressão, serão necessários três meses. Antes, ela não poderá fazer nenhum movimento violento", completou.

A partir disse momento, ela poderá a começar a trabalhar com força. Mas a recuperação completa e o retorno às quadras devem demorar pelo menos mais outros três meses.

Na operação, de quase quatro horas de duração, os médicos corrigiram os tendões danificados pelo ataque do assaltante.

"Petra está bem depois da operação, e os médicos destacaram que tudo ocorreu bem", afirmou a porta-voz da equipe tcheca na Fed Cup, Karel Tejkal. 

MONICA SELES

O ataque à tenista tcheca remete a outro atentado a faca contra uma representante famosa do esporte. Em 1993, a norte-americana Monica Seles vivia o auge da forma quando foi esfaqueada em um torneio em Hamburgo, na Alemanha.

Era o dia 30 de abril e Seles vencia sua partida contra Magdalena Maleeva pelas quartas de final do campeonato quando Günther Parche, fã de sua rival Steffi Graf, avançou para a quadra em um intervalo e a apunhalou na altura dos ombros. Os cortes chegaram a 1,5 cm.

Seles, que foi número 1 do mundo e conquistou nove títulos de Grand Slam, só voltou a jogar depois de 27 meses.