O ginasta Arthur Zanetti, 26, processa a Vivo por uso indevido de sua imagem durante os Jogos Olímpicos do Rio, realizados em agosto.

Medalha de prata na prova de argolas evento e ouro na edição anterior, em Londres-2012, Zanetti e seus advogados acusam a empresa por ela ter exposto fotos suas em faturas de contas de consumo e propaganda enviadas a seus clientes.

As faturas citadas no processo são de agosto, de acordo com a petição feita pelo advogado do ginasta, Fernando Martinez.

Eles solicitaram reparação por danos morais e materiais (que resultam em um valor conjunto de R$ 110 mil) e bloqueio de qualquer citação da telefônica ao atleta sem autorização expressa prévia.

No dia 16 de novembro, a juíza Cristiane Amor Espin, da 23ª Vara Cível de São Paulo, concedeu liminar vetando menções ou uso de imagem do paulista, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. As indenizações em dinheiro ainda não foram apreciadas.

No caso da acusação por dano moral, o atleta também argumenta que poderia sofrer sanção do COI (Comitê Olímpico Internacional) por infringir a regra 40 da Carta Olímpica que afirma que durante os Jogos nenhum competidor pode usar sua imagem para fins de propaganda -trata-se de uma espécie de quarentena para proteger os patrocinadores do COI.

Uma das punições cabíveis, neste caso, pode ser a cassação de medalhas -o que não vai ocorrer com o ginasta brasileiro.

A situação causou uma saia-justa para Zanetti em meio à disputa da Rio-2016.

Patrocinado na época pela Claro/Embratel, o ginasta foi questionado pela operadora sobre o porquê de sua exposição na concorrente.

Em meio às disputas eliminatórias e finais da prova de argolas e por equipes -tudo entre 6 e 15 de agosto-, Zanetti teve de enviar uma explicação formal na qual esclareceu que não havia autorizado o uso de sua imagem pela Vivo e que não violara as cláusulas do contrato em vigência com a Claro.

Procurada pela reportagem, a Vivo, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que "não comenta processos judiciais em andamento".