Exemplo de sucesso na pandemia do coronavírus, a NBA completou sua temporada 2019/20 no que se convencionou chamar de "bolha". Tudo funcionou bem no ambiente de proteção contra a Covid-19 instalado no complexo da Disney, onde o Los Angeles Lakers foi coroado.

Agora, a liga norte-americana de basquete tenta se aproximar levemente da normalidade. Em 2020/21, o campeonato deixa de lado o formato usado na conclusão da edição anterior e busca uma disputa menos atípica, ainda que fortemente restrita pela pandemia.

Uma das limitações é o número de jogos. Como o último torneio foi paralisado por mais de quatro meses e só foi finalizado em outubro --as finais são habitualmente disputadas em junho--, todo o calendário foi esmagado.

Geralmente iniciada entre outubro e novembro, a temporada começará já no final de dezembro, nesta terça-feira (22). Assim, em vez de ter os 82 compromissos de sempre na fase de classificação, cada equipe entrará em quadra 72 vezes.

Esportivamente, a diferença pode ser considerada irrisória. Financeiramente, significa muitos milhões a menos no bolo do dinheiro que é dividido entre os atletas e os donos dos times. Para minimizar o prejuízo, os jogadores se viram obrigados a encurtar bastante seu período de férias.

Esse prejuízo, no entanto, continua aumentando enquanto não é possível receber torcedores nos ginásios. Os Estados Unidos já começaram a vacinar sua população contra o coronavírus, porém ainda não existe previsão de retorno do público às quadras.

Quanto àqueles que de fato pisam na área dentro das quatro linhas, já existe um mínimo retorno às condições habituais. Mínimo, de fato, porque há um protocolo de 160 páginas a ser seguido, mas ele chega a representar um sopro de liberdade a quem viveu na "bolha".

"É muito melhor do que estar naquela situação, na minha opinião. Nós ao menos vamos nos deslocar e atuar em arenas de verdade", afirmou o ala francês Evan Fournier, do Orlando Magic.

Agora, as equipes jogarão em seus ginásios e não ficarão presas nos quartos de hotel da Disney, nos arredores de Orlando. Lá, houve relatos de vários jogadores que sofreram questões de saúde mental, pela situação atípica de isolamento e pela distância da família.

Quem se saiu bem na "bolha", apesar de todas os obstáculos, foi o Los Angeles Lakers. Com o talento de LeBron James e Anthony Davis, o time californiano chegou a seu 17º título, superando com alguma facilidade os oponentes encontrados pelo caminho.

Na luta pelo bi, a aposta não é exatamente pela continuidade. LeBron e Davis, claro, ainda são as principais peças, porém a equipe se remodelou consideravelmente, promovendo as chegadas de Dennis Schröder, Montrezl Harrell, Marc Gasol e Wesley Matthews.

Os rivais também procuraram se movimentar na briga pelo trono. Derrotado pelos Lakers na última final, o Miami Heat foi buscar no próprio time de Los Angeles o armador Avery Bradley, forte defensivamente.

Já o Milwaukee Bucks teve como grande notícia a renovação por cinco anos do contrato do ala Giannis Antetokoumpo, eleito melhor da liga em suas duas últimas edições. Ele ganhou a companhia do armador Jrue Holiday na tentativa de finalmente alcançar a decisão.

O Boston Celtics, o Toronto Raptors, o Brooklyn Nets e o Philadelphia 76ers querem brigar com o Heat e com os Bucks na Conferência Leste. Os Nets finalmente poderão contar com a poderosa dupla formada por Kevin Durant, que volta de lesão após uma temporada inteira afastado, e Kyrie Irving.

Na Conferência Oeste, o Los Angeles Clippers, o Denver Nuggets e o Dallas Mavericks procuram se apresentar como rivais dos Lakers. O Golden State Warriors, dominante em anos anteriores, perdeu novamente Klay Thompson por lesão, mas poderá contar com Stephen Curry.

Warriors e Nets abrem a temporada às 21h desta terça, com transmissão do SporTV.

A distribuição de forças poderá mudar, porém, se James Harden tiver atendido seu desejo de ser negociado pelo Houston Rockets. Insatisfeito no Texas, o cestinha das últimas três temporadas quer jogar nos Nets e mudaria a situação de qualquer equipe.

Primeiros jogos com transmissão na TV brasileira Terça (22)

21h Brooklyn Nets x Golden State Warriors - SporTV

0h Los Angeles Lakers x Los Angeles Clippers - SporTV

Quarta (23)

0h30 Dallas Mavericks x Phoenix Suns - ESPN

Sexta (25) - rodada de Natal

14h New Orleans Pelicans x Miami Heat - ESPN

16h30 Golden State Warriors x Milwaukee Bucks - ESPN

19h Brooklyn Nets x Boston Celtics - ESPN

22h Dallas Mavericks x Los Angeles Lakers - ESPN

00h30 Los Angeles Clippers x Denver Nuggets - ESPN

A Band também transmitirá a temporada na TV aberta, normalmente com jogos às quintas e aos domingos; a plataforma de streaming League Pass oferece pacote com todos os jogos da temporada por R$ 349,99 (clientes Vivo podem assinar por R$ 19,90 ao mês, após período de teste grátis)