O atacante Neymar negou as acusações de sonegação de impostos em transações envolvendo suas empresas, em entrevista ao "Fantástico", neste domingo.
Ele e seu pai, Neymar Santos, contestam o Ministério Público Federal, que denunciou o jogador por falsidade ideológica e sonegação.

"Meu pai faz tudo para que eu só jogue bola. A partir do momento em que você ouve pessoas falando coisas de uma pessoa que você ama e que não é verdade, aí começa a doer. Antes de falarem besteira, que sonegamos, que então provem", disse Neymar.

De acordo com a revista "Veja" desta semana, Neymar e o pai teriam criado três empresas de fachadas com o intuito de adulterar documentos, driblando o fisco.
Em depoimento do procurador do MPF, Thiago Lacerda Nobre, a família Neymar jogava boa parte dos vencimentos recebidos no Santos nas empresas, além de valores oriundos de contratos de publicidade, abatendo mais de 50% em impostos.

Ao semanário da TV Globo, o pai de Neymar criticou a conduta do procurador, destacando que a empresa não foi criada para sonegar imposto. "Quero dar um basta nisso. Esse procurador está procurando holofotes."

O pai se defende quando indagado sobre a criação de uma empresa de pequeno porte. "Quem cria uma empresa não começa de um dia para outro com 300 ou 400 funcionários. Naquele momento [em que foi criada] não precisávamos de uma empresa grande. Só tinha eu e o Santos. Eu cuidava sozinho", disse Neymar Santos.

Reportagem de "Veja" informou ainda que Neymar recebeu cerca de R$ 43 milhões no período em que defendeu o Santos, mas pouco mais de R$ 8 milhões foram como pessoa física.