O técnico Tite preferiu não comentar a especulação sobre sua saída do comando da seleção brasileira após a Copa América. Após informações de que o treinador estaria insatisfeito e escolheria deixar o time mesmo vencendo a competição, o tema foi assunto em vários momentos da entrevista coletiva deste sábado (6), no Maracanão, palco da final deste domingo (7), contra o Peru, mas o treinador se limitou a dizer que o "contrato com a CBF é até 2022”.O treinador, ainda adotando tom de mistério, não quis revelar quem será o titular na lateral esquerda na final contra o Peru. Felipe Luís está à disposição após se recuperar de lesão na coxa, mas Alex Sandro entrou bem nas oportunidades que teve. “Uma hora antes vocês vão saber o titular. Não quero falar agora quem vai iniciar”, enfatizou o comandante.Sobre a equipe chegar à decisão da Copa América sem Neymar, Tite lembrou o Mundial de 1962, quando Amarildo substitui Pelé e ajudou a seleção a conquistar o bicampeonato. “Se o maior do mundo saiu em 62, e Amarildo entrou e arrebentou... Se ele saiu e foi substituível, todos os outros, sem desmercer Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo, (também são). O Neymar é diferenciado, top 3 no mundo. Em boa forma, desequilibra qualquer defesa. Mas o conjunto tem de estar forte para se não aparecer Neymar, aparecer Cebolinha ou David Neres, por exemplo”, salientou o comandante.A boa fase da defesa nesta Copa América (ainda não sofreu gol) é enxergada pelo treinador como positiva, mas que pode se tornar armadilha. Tite falou que conversa, em todos os treinos, com o grupo para que não se acomode em uma falsa zona de conforto e esteja preparado caso saia atrás no placar diante do Peru.“Temos de nos preparar para todas as circunstâncias que o jogo pode apresentar, inclusive sair atrás no placar. O jogo tem pouco mais de 90 minutos e é nisso que vai se decidir. Pode sair atrás? Pode, mas tem de continuar jogando bem, isso é essência. A mesma coisa se sair na frente”, destacou.Tite também evitou responder se a conquista da Copa América vai reaproximar a torcida da seleção. “Temos de entender o torcedor. Vivemos num País que é muito apaixonado e por isso vive os extremos. Aqui é feito um trabalho com competência para alcançar resultados.”