Ele completou 42 anos no mês passado e 25 anos de atuação profissional no basquete, com passagens pela liga americana, a NBA, onde defendeu o San Antonio Spurs, uma das maiores franquias do esporte, e o New Orleans Hornets nos EUA, entre 2004 e 2006, ex-ala da seleção nacional - com 137 partidas-, seis vezes campeão nacional e detentor dos títulos de melhor ala da liga nacional, a NBB (Novo Basquete Brasil), por quatro temporadas entre 2008 2012, até se aposentar da seleção brasileira no ano passado.

Estamos falando de Alex Garcia, paulista de Orlândia, que segue na ativa como destaque do Basket Bauru, na liga ouro do Novo Basquete Brasil, e que está em Palmas neste sábado, 2 de abril.

Alex Garcia ministrou “camp” para 100 atletas do Tocantins, em evento realizado pela Federação Tocantinense de Basketball (FTB). Adolescentes de 14 a 18 anos receberam instruções sobre técnicas e fundamentos da modalidade esportiva, sem custos para os jovens atletas. O evento possibilitou a interação do atleta profissional com os jogadores locais membros das escolinhas e associações de basquete. 

"É um prazer estar aqui no Tocantins, a primeira vez aqui. A criançada me impressionou bastante pelo entusiasmo vontade de aprender, pelo brilho nos olhos por conta do basquete, pelo intercâmbio que tem, essa massificação do basquete americano. Cada menino desses quer ser um jogador americano" avaliou o jogador, que marcou 24 dos 82 pontos do time ao vencer o União Corintthians (77) na semana passada.

Garcia observa que falta investimento e mais intercâmbios dos atletas locais com outros estados, para que talentos tocantinenses no basquete possam ser formados. “Precisa de mais investimento, um intercâmbio melhor com outros estados brasileiros, principalmente o Estado de São Paulo, onde há a maioria dos times”.

O atleta também se mostrou encantado com o vigor e a vontade de aprender dos atletas em Palmas, como fator importante para aprimoramento esportivo. “Pelo entusiasmo, pela vontade de aprender e a atenção que eles têm a cada gesto que os professores repassam, há possibilidade de surgirem talentos aqui”.

João Vitor Gabino Guimarães, de 15 anos, participou do “camp” e afirma que o evento serviu para diminuir a distância entre o que ele vê localmente e a realidade profissional do esporte. “Vendo aqui me sinto mais perto do que eu achava que era, para mim era algo meio endeusado um patamar que eu jamais chegaria, pouco talento, e agora observando de perto é algo mais alcançável do que eu imaginava”.