Neste sábado, 24, o acidente aéreo que matou seis pessoas no Aeródromo da Associação Tocantinense de Aviação, no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional, completa três meses e a investigação sobre as causas da queda da aeronave não tem prazo para ser concluída.

O avião que estava o presidente do Palmas, Lucas Meira, quatro atletas do time: Guilherme Noé, Ranule Gomes, Lucas Praxedes e Marcus Molinari, e o piloto da aeronave, Wagner Machado, caiu logo depois da decolagem no dia 24 de janeiro. Todos morreram na hora.  O destino dos seis era o Aeródromo Santa Genoveva, em Goiânia. No dia seguinte, o Palmas enfrentaria o Vila Nova (GO), em partida válida pela segunda fase da Copa Verde.

Na época do acidente, a Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou em nota que a conclusão das investigações teria “o menor prazo possível” e dependia da complexidade da ocorrência. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que faz parte da FAB, informa que a apuração da ocorrência ainda está em andamento.

Criado em 1971, o Cenipa é o setor da Aeronáutica Brasileira responsável por apurar e prevenir as ocorrências aéreas, ou seja, acidentes, incidentes e incidentes graves, como quedas, saídas de pistas, falhas em voo e outros.

Um Reporte Preliminar disponível no site do setor cita um histórico do acidente que diz que o avião decolou do Aeródromo da Associação Tocantinense de Aviação, em Porto Nacional por volta das 10h30mim e após a decolagem perdeu sustentação e colidiu contra o solo.

O horário da decolagem relatado pelo CENIPA não bate com informações repassadas ao Jornal do Tocantins pela tenente-coronel Andréia de Fátima Bueno, comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Palmas, no dia do acidente. De acordo com a militar, uma das primeiras pessoas a chegar no local, o acidente ocorreu por volta das 8h40 da manhã, o Corpo de Bombeiros foi acionado às 9h20 e chegou no local às 9h40.

No dia seguinte ao acidente, investigadores do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VI), órgão regional do Cenipa, estiveram no local para colher informações sobre a queda.

Investigação

O Cenipa explica que o horário que consta no relatório preliminar é o do acionamento da ocorrência.  Em comunicado ao Jornal do Tocantins, o Cenipa informou que as investigações continuam, sem previsão de quando o relatório final ficará pronto.

“Está em andamento a investigação do acidente envolvendo a aeronave de matrícula PT-LYG, que ocorreu, no dia 24/01/2021, na cidade de Porto Nacional (TO). Quando concluída, terá o Relatório Final publicado no site do Cenipa”.

O órgão afirma que a investigação das ocorrências aéreas tem como foco descobrir o que levou uma dessas ocorrências a acontecer, e não quem a originou. Ao final, o Cenipa emite um relatório com recomendações de prevenção de “novos acidentes com características semelhantes”.

Palmas

O Palmas Futebol e Regatas informou que segue acompanhando as investigações e que colabora com as informações requisitadas pelos investigadores, que podem contribuir para esclarecer o trágico acidente. Segundo o clube, todos os atletas estavam segurados e presta apoio às famílias das vítimas, além de procurar mantê-las informadas dos desdobramentos.