A União Europeia autorizou nessa segunda-feira (21) a fusão das montadoras PSA (Peugeot Société Anonyme) e FCA (Fiat-Chrysler Automobiles). Juntas, elas formarão o Stellantis, o 4º maior grupo automobilístico do mundo em volume e o 3º em faturamento.

O negócio, de US$ 38 bilhões (cerca de R$ 195 bilhões),  foi anunciado no fim de 2019 e deve ser concluído no primeiro trimestre de 2021.

As empresas, que terão, juntas, marcas como Peugeot, Citroën, Opel, Jeep, Alfa Romeo e Maserati, esperam compartilhar tecnologias, motores e plataformas para reduzir custos.

A expectativa é de que o grupo atinja 34% de participação no mercado europeu, número significativamente maior do que Ford e Renault, que têm uma parcela de 16% cada, e Volkswagen, que tem 12%.

Mas há algumas condições de proteção à concorrência no setor de veículos comerciais.

As duas multinacionais se comprometeram a prorrogar o acordo de cooperação entre PSA e Toyota para os veículos comerciais leves e a facilitar o acesso das concorrentes às redes de reparos e manutenção da PSA e da FCA para esses carros.

Margrethe Vestager, vice-presidente da comissão responsável pela concorrência, disse que a fusão facilitará a expansão no mercado de caminhonetes comerciais leves.

“Estamos em condições de autorizar a fusão entre Fiat Chrysler e Peugeot SA pois seus compromissos facilitarão a entrada e a expansão no mercado das caminhonetes comerciais leves. Nos outros mercados em que as duas fabricantes exercem suas atividades, a concorrência continuará a ser apoiada após a fusão”, afirmou.

Acionistas da PSA e da FCA devem se conversar, em reuniões separadas, no dia 4 de janeiro de 2021 para aprovar internamente a fusão.