Estamos começando o ano e, como já foi muito dito pelos principais analistas econômicos, será um período de ajustes nas esferas federal, estadual e municipal. “Tanto a economia pública quanto a privada devem passar por mudanças em 2015”, garante o economista Marcos Dozza, que acredita todas as pessoas também devem adaptar as finanças pessoais a essas alterações.“Esse é um ano para poupar”, enfatiza o especialista ao lembrar que a previsão é de que, em 2015, a economia deve passar por um grande reajuste. “Virão por aí aumentos no combustível, na energia elétrica, nos impostos e, por consequência, sobem os preços de todos os produtos”, pontua ao falar sobre a inflação.A expectativa, para Dozza, é de que haja também muito desemprego. “Veja bem, se a orientação é justamente segurar as dívidas, significa que a tendência é de que o consumo caia.” Na conjuntura feita pelo economista, se isso acontece, as lojas não vendem, o que pode gerar desemprego.“Este será um ano caro. Não é um bom momento para fazer dívidas.” O alerta do especialista é claro e ele acredita que só se deve fazer dívidas se não houver outra opção. “Só faça dívidas se for obrigado isso”, avalia, ao aconselhar que o consumidor deve ser mais cauteloso, economizar mais e só comprar à vista, já que “a taxa de juros vai subir muito”.Dozza cita como exemplo a taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). Conforme a análise do professor, se a Selic sobe meio ponto percentual, para o consumidor chega a subir de dois a três pontos percentuais mensais. “Falando assim pode parecer pouco, mas não é. Acumulando isso ao longe de um ano vai gerar um total entre 40 e 45%”, conclui.