A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgou a sétima estimativa de grãos da safra 2021/22. Um dos destaques se refere a produção de algodão no Tocantins que houve redução na área cultivada, no entanto, apresenta expectativa de aumento na produtividade. Segundo o levantamento, as lavouras estão, em sua maioria, em fase de formação de maçãs, e a condição climática é favorável ao desenvolvimento da cultura. A previsão de colheita é entre junho e agosto, e está prevista a redução da produção. O acompanhamento também traz dados referentes à produção de arroz, feijão-caupi e milho no estado. O levantamento destaca a produção de arroz no Tocantins e traz um histórico das condições hídricas e de temperatura e possíveis impactos nas diferentes fases da cultura nas principais regiões produtoras do país. No estado, o mês de março se tornou favorável para o enchimento de grãos, maturação e colheita. De acordo com a Companhia, houve redução na área destinada à rizicultura em relação ao ano passado, tanto para o manejo de sequeiro quanto o irrigado. Uma maior concorrência de área com cultivos como milho, soja e feijão explica esta variação. Quanto à produtividade média estimada, espera-se um rendimento próximo ao alcançado em 2020/21, mas as oscilações climáticas ao longo do ciclo, especialmente com registros de excesso de chuvas em alguns períodos, fazem com que as estimativas quantitativas e os aspectos qualitativos possam se alterar até o fim da safra.Destaca-se ainda que nessa safra, o feijão-caupi teve mais uma vez, um significativo crescimento no Tocantins. Segundo a Conab, “isso é motivado por uma substituição pontual de áreas de outras graníferas para o cultivo do feijão e apresentou substancial incremento na produção estimada em relação a 2020/21”. A área plantada no país está estimada em 843,5 mil hectares, com destaque também para o cultivo em estados como Ceará, Mato Grosso, Pernambuco, Paraíba e Bahia. Na segunda safra é uma alternativa que vem se consolidando e apresentando bons resultados, principalmente pelo ciclo mais curto da cultura e pela baixa demanda hídrica que ela dispende. Nessa temporada, as condições climáticas estão mantendo-se regulares, até o momento, e não vem obstando os tratos culturais, principalmente pulverizações que envolvem controle de pragas e doenças. De maneira geral, as lavouras estão em boas condições de desenvolvimento.Já no que se refere a produção de soja no Tocantins, as precipitações vêm atrasando a colheita de forma pontual. Cerca de 80% da área já foi colhida, restando, principalmente, as áreas do sul do estado e as semeadas com cultivares de ciclo tardio. O produto colhido está com boa qualidade, e vem atendendo os padrões de exportação. Em relação às condições hídricas, o mês de março foi favorável para o enchimento de grãos, maturação e colheita nas regiões ocidental e oriental do Tocantins. Para o mês de abril estão previstas as fases de maturação e colheita. Com o avanço na colheita da soja de sequeiro, o produtor vem aproveitando uma janela mais estendida para o plantio do sorgo segunda safra no Tocantins. Devido às boas condições climáticas, optou-se por expandir as áreas de cultivo com o milho safrinha, o que acarreta numa retração da área cultivada com o sorgo nesta safra. A produção é destinada ao mercado de ração animal. Os estados de Goiás e Minas Gerais também adquirem a produção local. MilhoEm relação ao milho primeira safra no Tocantins, a colheita foi finalizada nas áreas de várzeas, e a produtividade média ultrapassou os 4.200 kg/ha. Nas áreas de sequeiro, as lavouras estão em fase de maturação e enchimento de grãos, com o início da colheita previsto para abril.Já em relação ao milho segunda safra produzido no estado, o calendário de plantio foi antecipado em 20 dias em relação à safra passada, com o término das operações de semeadura na primeira quinzena de março. O bom volume de chuvas assegura o desenvolvimento vegetativo das lavouras, porém não favorece as áreas que estão iniciando o estágio reprodutivo devido à lavagem do pólen e menor fotossíntese das plantas. Na região Oriental do Tocantins, em relação às condições hídricas, teve as fases de emergência e desenvolvimento vegetativo, que segue até abril e está iniciando a etapa de floração.