De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapec), em 2021, a cotonicultura no Tocantins ocupou uma área de 3.121 hectares, disposta entre os municípios de Tocantínia, Dianópolis e Campos Lindos. Ao todo, o Estado produziu 10,76 mil toneladas de algodão em caroço. A partir desta segunda-feira, 20, inicia o período do vazio sanitário do algodão no Tocantins e segue até o dia 20 de novembro. A medida fitossanitária ocorre sazonalmente e é amparada pela legislação estadual, instituída pela Instrução Normativa Nº 2 de 25 de janeiro de 2021. O objetivo é evitar a proliferação de pragas na cultura na safra seguinte, como é o caso do bicudo do algodoeiro.   
Com este período de 60 dias, as chances de atrasar o surgimento do bicudo do algodoeiro na próxima safra são maiores. Os adultos são besouros com coloração cinza ou castanha, com 3 mm a 7 mm de cumprimento. Infesta as lavouras de algodão desde o início da emissão de botões florais até a colheita, podendo ter de 4 a 6 gerações em um ciclo da cultura e se não controlado pode causar perdas de até 70% da produção.
A Adapec irá monitorar as lavouras do algodoeiro no Estado,para garantir o cumprimento do vazio sanitário, que é uma ferramenta legislativa para combater essa praga, evitando que afete as lavouras e consequentemente a economia. A Agência alerta que é obrigatório o cadastramento dos produtores. Antes do início do vazio, os inspetores e fiscais realizam fiscalização nas lavouras cadastradas para notificar os produtores sobre o período proibitivo. 
"Durante o vazio, caso haja plantas vivas de algodão com risco fitossanitário, ou seja, plantas do algodoeiro tigueras acima do estádio V3 e plantas rebrotadas (soqueiras) com mais de quatro folhas por broto ou presença de estruturas reprodutivas, o produtor sofrerá com as penalidades previstas na legislação", explica o inspetor de defesa agropecuária, Cleovan Barbosa.