Com a entrada das novas especificações da gasolina automotiva a partir de 3 de agosto, o combustível deve ficar cerca de R$ 0,10 mais caro, segundo a estimativa do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (Sindiposto). O Sindicato afirma que os revendedores e empresários tocantinenses já estão cientes da mudança, que deve acontecer de forma tranquila. "Já comunicamos os revendedores. A troca vai ser bastante tranquila, nem motoristas ou postos terão que fazer adaptações”, afirmou o presidente do Sindiposto, Wilber Filho, que diz que mesmo que fique mais cara a expectativa é que ajude na economia. “A expectativa é que o veículo fique mais econômico, em torno de 10%, o que vai ser um ganho para o consumidor", pontuou por meio da assessoria. As mudanças do combustível vale para a gasolina tipo C, a comum, e a premium, indicada pelas fabricantes de carros esportivos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), esse novo combustível terá melhor qualidade e deixará os carros mais eficientes, e o esperado é que os veículos os carros rodem mais quilômetros com um litro de gasolina e emitam menos poluentes. Já conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), essa nova especificação da gasolina permite avanço na direção critérios internacionais modernos. ResoluçãoEssa nova especificação da gasolina automotiva está estabelecida pela ANP na Resolução nº 807/2020, publicada em janeiro, e deu o prazo de 3 de agosto para os produtores de adequarem as regras e mais 60 dias para as para as distribuidoras e de 90 dias para os revendedores se adequarem, que permitem o escoamento de possíveis produtos comercializados até o dia 2 de agosto ainda sem atender integralmente às novas características.Conforme a ANP, a revisão da especificação da gasolina automotiva contempla três pontos: o estabelecimento de valor mínimo de massa específica (ME), de 715,0 kg/m3, valor mínimo para a temperatura de destilação em 50% (T50) para a gasolina A, de 77,0 ºC, e a fixação de limites para a octanagem RON (Research Octane Number), já presente nas especificações da gasolina de outros países. Essa iniciativa é resultado de estudos e pesquisas da ANP sobre os padrões de qualidade do combustível ao considerar especificações e harmonizações internacionais, além do amplo debate com agentes do mercado de combustíveis. Além disso, essas novas especificações atendem os atuais requisitos de níveis de emissões de poluentes, considerando, inclusive, cenário futuro das fases L-7 e L-8 do Programa de Controle de Emissões Veiculares e do Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística, do Governo Federal.