Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Tocantins (Abrasel-TO), enviou nesta quinta-feira, 25, uma nota à imprensa informando que quase dois mil trabalhadores associados ao ramo podem ser atingidos com a pandemia.De acordo com o comunicado, se um restaurante simples, pequeno, tem seis funcionários trabalhando diretamente, e cada um desses profissionais tem uma família com uma média de quatro a cinco integrantes, esse negócio tem ramificações na vida de até 30 pessoas. No caso de restaurantes grandes, com até 20 colaboradores, a entidade afirma que o impacto é de 100 pessoas diretamente afetadas. Se apenas entre os nossos associados somamos 78 estabelecimentos, cada um deles com seus trabalhadores e suas famílias, a média de pessoas atingidas pode chegar a quase 2 mil pessoas. Somos muitos".A nota também cobra da Prefeitura Municipal apoio para isenção de tributos e taxas por parte dos restaurantes, isso porque, segundo a entidade houve um impacto da suspensão das atividades não essenciais no setor da alimentação fora do lar.“Para eles, ficar 28 dias de portas fechadas sem atender os clientes pode causar a falência de muitos empresários. No contexto que vivemos de recessão econômica e dificuldade financeira, ficar 28 dias sem atendimento ao cliente, representa, para muitos, a falência definitiva de seus negócios", diz a nota.Desde o último dia 6 de março, os bares e restaurantes tiveram que fechar as portas e atender apenas via delivery. O decreto municipal deve se estender até o próximo dia 2 de abril. Com alterações no texto, na última publicação, a Prefeitura permitiu que as empresas pudessem realizar entregas aos domingos, drive-thru e retirada no balcão, o que também estava proibido.PlanejamentoTambém no comunicado, a entidade cobra da Prefeitura um planejamento para a reabertura dos restaurantes e bares.Para a Abrasel, mesmo com delivery aos domingos, drive-thru, venda em balcão ou prorrogação para prazo de pagamento do IPTU, os comerciantes precisam de uma solução para reabertura.“A convenção coletiva do setor da Alimentação Fora do Lar nos obriga a oferecer uma refeição ao colaborador e com o afastamento desses funcionários muitos seguem passando por dificuldades financeiras, pois, apenas com o salário e sem a caixinha diária, estes colaboradores ficam à mercê da situação", frisa.A nota da Abrasel também afirma reconhecer a dificuldade do momento e diz que não é contrária às ações de combate ao coronavírus."Sabemos o quanto esta doença pode ser apavorante e requer cuidados redobrados. Toda uma cadeia de pessoas que precisa de apoio para trabalhar, manter suas famílias e seus empregos. Reconhecemos a gravidade do momento e temos empatia com todos que perderam um ente querido. Afinal, estamos juntos passando por isso. Mas precisamos de apoio e suporte”.