O secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles afirmou em entrevista ao Valor Econômico que a prioridade, agora, é a crise de saúde pública e a preservação de vidas. Por isso segundo ele, o governo federal precisa, sim, aumentar gastos, investir o colchão do BNDES, do Banco dBrasil e da Caixa Econômica Federal.

“Porque a prioridade agora é salvar vidas, aconselham as pessoas, ou determinam, a não saírem de casa. Isso gera um impacto brutal na economia, evidente. Temos a causa, o coronavírus, e temos a consequência, que as pessoas e os governos têm que proteger as vidas. Vamos pagar um preço econômico”, afirmou em trecho da entrevista.

Além disso, negou que a tese do Estado mínimo tenha caído por terra e defendeu a necessidade de manutenção da austeridade fiscal e do teto e gastos.

Para Meirelles é preciso ter uma ampla coordenação nacional com três eixos; saúde, economia e abastecimento. E segundo ele, isso cabe ao presidente Jair Bolsonaro.

O secretário disse que está participado de reuniões com todos os titulares da Fazenda estaduais, e está sendo definida a regra de distribuição dos recursos federais, para se evitar guerra fiscal e confrontos. “Medidas específicas para problemas específicos. Não podemos colocar tudo na mesma nuvem e dando tiros às cegas”, disse em entrevista ao Valor.