A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) registrou o primeiro caso de mormo deste ano, em Buriti do Tocantins, no extremo norte do estado. A doença infectocontagiosa acomete asininos, equinos e muares. Para proteger a sanidade do plantel equídeo, o orgão publicou uma Portaria (nº 026), que suspende eventos equestres e aglomerações da espécie e mantém a mesma medida em Filadélfia, Nova Olinda, Marianópolis e Araguaína. 

Os municípios que fazem limites com as cidades em questão, também estão impedidos de promoverem cavalgadas, tropeadas e quaisquer eventos abertos dessa natureza, são eles: Pau d’arco, Bandeirante, Colinas do Tocantins, Babaçulândia, Barra do Ouro, Goiatins, Palmeirante, Pium, Caseara, Divinópolis do Tocantins, Monte Santo, Chapada de Areia, Santa Fé do Araguaia, Muricilândia, Aragominas, Carmolândia, Piraquê, Wanderlândia, São Sebastião do Tocantins, Araguatins, Augustinópolis e Carrasco Bonito.

“As ações que desempenhamos são preconizadas pelo Ministério da Agricultura que determina as normas de controle e erradicação da enfermidade, entre elas destacamos o saneamento das propriedades focos e as circunvizinhas, eutanásia nos animais positivos e investigação epidemiológica”, explica a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos da Adapec, Isadora Mello Cardoso.

A principal forma de prevenção é a realização de exames regularmente, já que a validade é de 60 dias, exigi-los ao comprar um animal e evitar que o equídeo tenha contato com outros sem comprovação negativa de mormo. No caso de suspeita da enfermidade, o produtor rural deve isolar o animal e comunicar imediatamente as unidades da Adapec presentes em todo o Estado ou ligar gratuitamente no 0800 063 11 22, de segunda-feira a sexta-feira, das 8 às 14 horas. A Adapec conta com 23 barreiras fixas nas divisas do Estado e mais 13 barreiras volantes para atuar na fiscalização das áreas animal e vegetal. 

Mormo é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria. Não existe vacina e nem tratamento. É uma zoonose, portanto pode ser transmitida ao homem. Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma latente (assintomática) na qual os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade.