O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, foi de 0,44% em maio, o maior resultado para o mês desde 2016, quando o percentual foi 0,86%. A taxa desacelerou em relação a abril, quando foi de 0,60%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE).

O resultado de maio foi abaixo das projeções coletadas pelo Poder360, que esperavam a prévia de inflação de 0,49% a 0,57% no mês.

No acumulado no ano, ficou em 3,27%. E, nos últimos 12 meses, passou de 6,17% em abril para 7,27% em maio.

Segundo as projeções do mercado financeiro que constam no Boletim Focus de 2ª feira (25.mai.2021), a inflação deve terminar o ano aos 5,25% em 2021. O percentual é quase o teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que estipulou o índice oficial de preços em 3,75% em 2021, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo (de 2,25% a 5,25%).

De acordo com o IBGE, 8 dos 9 grupos pesquisados apresentaram alta de preços em maio. O maior impacto foi do setor de Saúde e cuidados pessoais, que subiu 1,23% no mês contra abril e aumentou o índice em 0,16 ponto percentual. O encarecimento dos produtos e serviços foi puxado pelos preços das mercadorias farmacêuticas, que tiveram alta de 2,98%.

O governo permitiu alta de 10,08% nos preços dos remédios a partir de 1º de abril. Os destaques são os medicamentos antialérgicos e broncodilatadores (5,16%), dermatológicos (4,63%), anti-infecciosos e antibióticos (4,43%) e hormonais (4,22%). O Poder360 mostrou que os preços dispararam em abril. A alta persiste em maio.

Os preços no grupo de Habitação subiram 0,79%, puxada pela energia elétrica (2,31%), que foi o maior item de impacto individual no índice, de 0,10 ponto percentual.

Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que aumenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Eis a variação de preços por grupos:

Alimentação e bebidas (0,48%);
Habitação (0,79%);
Artigos de residência (0,89%);
Vestuário (1,42%);
Transportes (-0,23%);
Saúde e cuidados pessoais (1,23%);
Despesas pessoais (0,09%);
Educação (0,08%);
Comunicação (0,03%).