Em solenidade no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff classificou ontem, o Plano Safra 2015/2016 para a Agricultura Familiar como “estratégico” para o Brasil e reconheceu que, em momento de superação de desafios, os governos são confrontados com “escolhas complexas”. “Apostar na existência de uma classe média rural real só pode levar o Brasil para uma sociedade de melhor qualidade democrática e cidadã”, discursou Dilma.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias, serão disponibilizados R$ 28,9 bilhões em recursos para financiar a produção. Patrus afirmou que esse número é 20% maior que o do safra anterior. No Tocantins, segundo a Secretaria Estadual de Agricutura (Seagro), 42 mil produtores serão beneficiados pelo plano.

O ministro relatou que, em 2002, esses recursos somavam R$ 2,3 bilhões e, de lá até hoje, cresceram expressivamente. Para o seguro agrícola, será possível cobrir os valores em até 80% da receita esperada. O limite para cobertura do seguro era de R$ 7 mil e passou para R$ 20 mil.

Patrus disse ainda que o governo está preparando um novo programa de reforma agrária, que deve ser apresentado em julho. A proposta, que está sendo discutida com governos estaduais e municipais e entidades do campo, será apresentada à presidenta Dilma Rousseff para que seja lançada até o aniversário de 45 anos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no começo do próximo mês. “No dia 9 de julho, aniversário do Incra, o ideal seria que até lá estejamos lançando o programa. Vamos trabalhar com esta data como referência, mas é claro que decisão final será da presidenta.”

Números

Segundo a Seagro, no Estado, 50% das terras destinadas às atividades agrárias (agricultura, pecuária, pastagens naturais e cultivadas, e silvicultura) são ocupadas com atividades da agricultura familiar. Uma média de 18 hectares por unidade familiar.